Menor acusada de mortes em Pompeia vai ser testemunha do padrasto
A Justiça de Pompeia (distante 30 quilômetros de Marília) espera ouvir a adolescente, de 16 anos, que foi condenada por participação na morte da própria mãe, Cristiane Pedroso dos Santos Arena, de 34 anos, e a da irmã Karoline Vitória Pedroso, de 9.
A menor está entre as testemunhas de acusação no processo instaurado contra o psicólogo Fabrício Buim Arena Belinato, de 36 anos, que virou réu nesta semana, após o juiz Samir Dancuart Omar ter recebido denúncia do Ministério Público.
Fabrício vai responder por homicídio com as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa das vítimas, além de duplo feminicídio, dupla ocultação de cadáver e corrupção de menor.
A adolescente envolvida nas mortes é, inclusive, vítima do padrasto em relação a este último crime. O depoimento dela é considerado relevante, e pode ser capaz de demostrar como as execuções foram planejadas e executadas.
O caso segue os trâmites para que o psicólogo seja – ou não – pronunciado, e tenha reconhecidos indícios de materialidade e autoria. Em seguida, o acusado será submetido ao Tribunal do Júri.
Fabrício está preso atualmente na Penitenciária de Tremembé. Já a adolescente, que foi sentenciada em medida cautelar pela Vara da Infância e Juventude, está custodiada em uma instituição na região de Araçatuba.
Pela decisão da Justiça, a menor está submetida à medida de internação e deverá ser reavaliada semestralmente. A cada análise, a medida cautelar pode cessar ou ser mantida.