Diocese da região pune padre que realizou casamento gay
A Diocese de Assis (distante 75 quilômetros de Marília) proibiu o padre Vicente Paula Gomes de realizar casamentos por um ano após ele ter celebrado uma união homoafetiva em dezembro do ano passado. O documento com a punição foi divulgado nesta quarta-feira (26).
A igreja afirma que o padre está “arrependido, pediu perdão do ato inconsequente ao ‘celebrar’ a união estável homoafetiva, não obstante ao escândalo eminente”.
O documento publicado pela Diocese e assinado pelo bispo diocesano de Assis, Dom Argemiro de Azevedo, diz ainda que “enquanto sacerdote e pároco, sua má conduta na ação celebrativa incentivou a cultura gay, gerando escândalo”.
A decisão diz que o padre continuará afastado de suas atividades ministeriais até 7 de dezembro de 2020. Ele foi apartado de suas funções desde 11 de dezembro.
Assim que retomar suas atividades, em 8 de dezembro, padre Vicente não poderá celebrar casamentos por um ano e em 2021 vai precisar participar de um curso sobre matrimônio.
A igreja também proibiu o padre de comparecer até dezembro de 2023 em programas de meios de comunicação.
O documento com a decisão da Diocese na íntegra pode ser acessado clicando aqui.
Entenda
O padre foi suspenso pela Diocese de Assis após realizar a união homoafetiva do casal Luiz Carlos dos Santos e Claudinei Batista de Almeida.
Imagens da cerimônia circularam nas redes sociais e repercutiram entre a população. Padre Vicente não utilizou as vestes sacerdotais e abençoou a união do casal.
Padre Vicente chegou a citar que era a primeira vez que abençoava uma união homoafetiva.