Empresa mariliense é envolvida em escândalo de corrupção
A Polícia Federal prendeu hoje (15), temporariamente, em Brasília, Winter Andrade Coelho, um alto gestor da Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. (Eletronorte) e Carlos Eduardo Andrade Macedo parente de Winter. Eles são suspeitos de usar uma empresa de fachada para obter vantagens de outras empresas que mantém contratos com a concessionária de serviço público de energia elétrica. Durante a operação Choque foram cumpridos ainda oito mandados de busca e apreensão em Marília, Porto Velho (RO), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Brasília.
De acordo com as investigações da PF, em parceria com o Ministério Público Federal e a Controladoria-geral da União (CGU), um gestor da Eletronorte enriqueceu ilicitamente usando uma empresa “laranja”, aberta em nome de parentes. Assim, ele recebia pagamento de outras empresas que mantinham contratos com a concessionária.
Os presos foram levados para a Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal e responderão pelos crimes de corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha, fraudes licitatórias, lavagem de dinheiro.
Criada em de 1973, com sede no Distrito Federal, a Eletronorte gera e fornece energia elétrica aos nove estados da Amazônia Legal – Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Por meio do Sistema Interligado Nacional, também fornece energia a compradores das demais regiões do país.
Não foi divulgado o nome de quem em Marília estaria envolvido no escândalo de corrupção. A corporação não deu detalhes de como o servidor preso em Brasília atuava. A PF disse também que trabalha para identificar outros possíveis integrantes da organização criminosa. Uma empresa “laranja” teria sido usada pelo esquema.