Marília inicia testes com novo inseticida contra o Aedes
Marília foi escolhida pelo Ministério da Saúde e pela Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), do Estado, para testes de um novo inseticida contra o Aedes aegypti a partir desta semana.
Especialistas ouvidos pela reportagem explicam que o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, tem se tornado resistente ao produto utilizado atualmente em nebulizações, o que exige a busca por novas soluções.
Vale lembrar que a quantidade de casos positivos e notificações para suspeitas de dengue voltaram a preocupar Marília neste começo de ano.
Atualmente é a aplicado um inseticida chamado Komvektor 440 EW, produzido pela alemã Bayer, que entre outras coisas, necessita ser diluído antes da utilização. Recentemente o produto chegou a faltar no Brasil.
O novo inseticida, chamado de Cielo, é produzido pela empresa norte-americana Clarke, e pode ser aplicado sem necessidade de acrescentar água ao produto. Outra diferença – a principal – é a composição do inseticida.
Serão realizados testes em diversas regiões de Marília utilizando métodos combinados de aplicação, como os aparelhos costais e com a utilização de veículo (o popular fumacê). O Cielo pode ser utilizado para aplicações internas e externas.
Não é a primeira vez que o município é escolhido para a experimentação de alternativas contra o Aedes aegypti.
No final de 2017 o Ministério da Saúde selecionou Marília junto com outras cinco cidades para testar a eficácia de uma nova estratégia de controle em que o próprio mosquito é usado para o controle da população de vetores, transportando larvicida nas patas e contaminando os criadouros.
O projeto é resultado do trabalho de pesquisadores do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) e do Instituto Rene Rachou (IRR/Fiocruz Minas), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).