Universitário diz que foi agredido por ser gay
Um estudante de publicidade e propaganda de 23 anos foi agredido pelo namorado de uma colega de sala dentro do Centro Universitário Central Paulista (Unicep), em São Carlos (SP), após uma discussão por silêncio em uma aula.
O rapaz, que é homossexual, levou 26 pontos no rosto por conta das agressões. Ele registrou boletim de ocorrência e considera o caso como homofobia, pois foi chamado de “viado” pelo agressor e sua namorada. A faculdade condenou o ato de violência e informou que está tomando as devidas providências no caso.
Segundo o estudante Antonio Carlos Archibald, o caso aconteceu sexta-feira (20) por volta das 20h. Durante uma aula, ele explicou que pediu para uma colega parar de conversar, pois estava atrapalhando. “Ela continuou e após um tempo pedi novamente, fui mais grosso e ela se irritou e começou a discutir, fazer um escândalo. Me chamou de viado e eu a xinguei também”, disse.
Durante a discussão, o rapaz disse que foi agredido no rosto e revidou empurrando a jovem, que caiu. “Outros alunos sentiram as dores dela e queriam me agredir, só que o professor interferiu e eu fui embora para casa”, relatou o universitário agredido.
Quando chegou em casa, Antonio disse que recebeu uma ligação da universidade pedindo para que ele voltasse, já que a jovem teria se arrependido e estava com a coordenadora do curso para que conversassem e ela pedisse desculpas.
“Antes deu chegar à coordenação, três rapazes, que também estudam na Unicep, me esperavam na minha sala, entre eles o namorado da menina. Fui me aproximando, eles chegaram em mim e o namorado dela atirou minha cabeça contra a parede da faculdade, que é feita toda em vidro. Me chamou de viado e um monte de coisa, enquanto os dois amigos dele me cercavam para eu não ter como fugir”, disse.
Ele considera que foi agredido por ser homossexual e postou no Facebook um relato sobre o caso com fotos no rosto ferido. “Nunca tive problemas com ela e nem com ele. O ocorrido foi só um estopim para ele fazer o que já tinha vontade. Considero sim um caso de homofobia”, disse.
Fonte: OGlobo