Amazon estuda abrir novos centros de distribuição no Brasil
Após inaugurar um Centro de Distribuição de 47 mil metros quadrados em Cajamar, na Grande São Paulo, em janeiro, a Amazon já estuda expandir o espaço ou até abrir novos pontos em outras cidades do País. De acordo com o diretor de Varejo da Amazon no Brasil, Daniel Mazini, a experiência obtida com o CD de Cajamar já mostrou necessidade de ampliação da capacidade.
“Foi a capacidade que a gente achou que era suficiente para esse primeiro momento. A gente está aprendendo desde já que talvez essa capacidade não seja suficiente. Temos a opção de ampliar o próprio CD ou ir para outros. Estamos analisando”, disse Mazini em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Os dados obtidos com os primeiros meses de operação do CD de Cajamar possibilitaram à Amazon analisar onde o cliente está e, com isso, definir com mais assertividade os locais de abertura de CDs futuros. Mazini não revelou quais cidades estão sendo cogitadas.
Até o momento, já são mais de 200 mil produtos vendidos e entregues pela Amazon Brasil distribuídos em mais de 20 categorias, entre livros, esportes e casa e jardim.
A expansão da operação no Brasil também atraiu revendedores, os chamados “sellers“, que utilizam o marketplace da Amazon para fazer negócio. Sem citar um número exato, Mazini contabiliza dezenas de milhares de fornecedores e empresas na plataforma da americana no Brasil. O número mundial chega a 2 milhões.
“Tem dois tipos: as grandes empresas, como Mobly, e os menores. Desde que a gente anunciou nossa expansão em varejo, em janeiro, o crescimento dos sellers aumentou demais. Estamos muito animados”, afirmou Mazini.
A título de comparação, entre as concorrentes da Amazon com capital aberto no Brasil, a B2W possui mais de 30 mil revendedores em seu marketplace. Já o Magazine Luiza anunciou em seu último balanço trimestral que ultrapassou 8 mil revendedores, enquanto a Via Varejo chegou a 4,5 mil.
Correios
Questionado sobre possível interesse da empresa nos Correios diante do anúncio de intenção do governo federal de privatizar a empresa estatal, Mazini disse apenas que não comenta rumores. O executivo afirmou que os Correios são parceiros da Amazon e que a empresa também tem contratos com outras oito transportadoras no Brasil. “Não temos nada para anunciar”, afirmou.