Acusado de feminicídio será julgado em Marília
Será julgado nesta quinta-feira (6) a partir das 10h, o servidor público Willian Pretti de Sá acusado de matar a ex- esposa, a auxiliar de produção Lúbia Charlene de Freitas, 28 anos, em 23 de fevereiro de 2017 em Marília. Este será o primeiro júri de feminicídio da cidade.
Willian Pretti de Sá foi preso em 8 de março de 2017 e está desde a prisão na Penitenciária de Tremembé. Ele responde por homicídio qualificado por motivo torpe e feminicídio.
Em entrevista ao Marília Notícia o advogado de defesa do réu, José Cláudio Bravos, informou que durante o julgamento serão ouvidas sete testemunhas. “Serão cinco testemunhas pela defesa e duas pela acusação. Duas das depoentes da defesa são ex-mulheres de Willian com quem ele tem dois filhos cada”, disse José Cláudio Bravos.
O crime
Lubia foi baleada na cabeça durante o final da manhã de 23 de fevereiro de 2017, na rua Henrique Dias, no bairro Palmital, zona norte de Marília. Ela chegou a ser socorrida e passou por cirurgia, mas não resistiu e morreu.
O tiro foi disparado por Willian que possivelmente não aceitava o fim do relacionamento. Ele teria ligado para sua mãe e falado que havia cometido o crime.
Willian era agente de apoio da Fundação Casa e disse ainda para sua genitora que iria se matar em seguida. A mãe do criminoso relatou também aos policiais que tinha ouvido um estampido e a ligação foi desligada.
O servidor público foi preso pela polícia civil em uma residência no bairro Salgado Filho, na zona Oeste da cidade.
Na época do crime o Marília Notícia apurou que três boletins de ocorrência envolvendo o nome da vítima foram registrados, dois em 2016 e o último deles um dia antes do crime.
Lúbia contou na delegacia que era constantemente ameaçada de morte e temia por sua vida. Apesar dela ter registrado os casos, em nenhum deles pediu representação criminal contra Willian.