Bolsonaro quer desestimular interesse por política nas escolas
Em seu discurso, o presidente defendeu que é preciso buscar a “inflexão” na área da educação, e também melhorar os índices educacionais até 2022, quando termina o seu mandato. Ele citou como foco o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), prova feita de três em três anos.
A última avaliação ocorreu no final de 2016 e o Brasil teve queda nas áreas avaliadas. O País ficou na 63ª posição em Ciências, na 59ª em Leitura e na 66ª colocação em Matemática.
“Queremos uma garotada que não esteja ocupando os últimos lugares no Pisa. Queremos que não mais 70% dessa garotada não saiba fazer uma regra de três simples, não saiba interpretar textos, não saiba perguntas básicas de Ciências. Nós queremos uma garotada que comece a não se interessar por política, como é atualmente dentro das escolas, mas comece realmente aprender coisas que possam levar a quem sabe ao Espaço no futuro”, declarou o presidente.
Bolsonaro relembrou que conheceu o novo ministro da Educação, Abraham Weintraub, em 2017, quando o economista organizou uma viagem à Ásia para que ele, seus filhos e o então deputado Onyx Lorenzoni conhecessem o sistema de educação em países como Japão e Coreia do Sul. O presidente destacou os países como expoentes da pesquisa, ciência, tecnologia e inovação. Desde então, Weintraub atuou na campanha de Bolsonaro e, após a posse, assumiu a secretaria-executiva da Casa Civil, chefiada por Onyx
O presidente também reforçou discurso feito pela manhã no qual disse que o governo “pensa no social” e que a educação é importante para melhorar a vida das pessoas. “Tanto é que estamos concedendo 13º salário para os beneficiários do Bolsa Família”, disse, sobre anúncio que será feito oficialmente esta semana. “O que tira um homem e uma mulher numa situação crítica financeira é o conhecimento. Por isso esse ministério é importante, como os demais.”
‘Carta branca’
Bolsonaro deixou claro que “deu carta branca” para Weintraub formar sua equipe e indicar os cargos de primeiro escalão e que espera que esse novo time “jogue para frente”. Disse, ainda, que escolheu o nome de Weintraub entre “uma dezena de bons currículos” porque ele “não tinha deficiência” e era o melhor entre os pré-requisitos estabelecidos. “No nosso governo os nossos ministros são uma corrente que tem que puxar o Brasil para frente.”
Ele também afirmou que espera, assim como a sociedade, que o ministério consiga que os jovens sejam melhores do que seus pais e avós. “Sei que não lhe faltará empenho, dedicação, patriotismo e entrega para atingir objetivos”, afirmou ao ministro da Educação.