Marília intensifica combate e reduz infestação do Aedes Aegypti
A Secretaria Municipal da Saúde de Marília divulgou, nesta segunda-feira (25), o resultado do primeiro LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti) do ano. Os dados confirmam redução da presença do mosquito que transmite dengue, zika e chikungunya.
Em novembro, o principal indicador (índice de Breteau) estava em 4.0 na média do município. Já nesta nova apuração, foi verificada redução para 3.1. Os dados foram informados e registrados no sistema da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias).
O Ministério da Saúde considera que índices inferiores a 1.0 indicam “condições satisfatórias”; de 1.0 a 3.9, “situação de alerta”. Quando acima de 3.9, a infestação representa “risco de surto de dengue”.
O supervisor de Saúde Rafael Colombo, encarregado do serviço de Controle na Divisão de Zoonoses, alerta que a infestação do mosquito é apenas um dos indicadores que apontam o risco da doença. É preciso considerar a velocidade da circulação do vírus.
“Esse levantamento é uma ‘foto do momento’ e pode variar muito rapidamente, de acordo com as chuvas, ou o próprio sorteio das amostras. É uma forma que temos de apurar, por amostragem, a situação em uma determinada região. Toda variação tem que ser vista com cautela”, aponta o supervisor.
Em relação à presença do vírus na população, ele esclarece que em Marília, com 43 casos confirmados, a circulação pode ser avaliada como “controlada”. Também não foi registrada presença do vírus tipo 2, que pegou muitas cidades desprevenidas.
A cada novo caso confirmado, explica o supervisor, são realizadas as ações de bloqueio previstas no protocolo do Ministério da Saúde. Ele reforça que nenhuma atividade feita pelo Poder Público, porém, substitui a vigilância do morador, eliminando os criadouros.
MARÍLIA EM AÇÃO
Independente de estatísticas, a Secretaria Municipal da Saúde se antecipou em várias frentes. O município adotou monitoramento e efetividade do Grupo de Vigilância em Saúde e contratou 85 ACEs (Agentes de Controle de Endemias) e nove Supervisores de Saúde por meio de concurso público.
Também contratou empresa especializada, para reforçar as ações de Controle (Bump) e promoveu o fortalecimento das ações educativas, além de capacitações das equipes de Saúde.