DIG prende autor de homicídio em bar da zona Norte
A Polícia Civil, através da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Marília, prendeu nesta terça-feira (3) o lavador autônomo de veículos Jefferson Barbosa de Jesus, vulgo “Jé”, de 27 anos, acusado de matar Nilson Donizete Faria, de 39 anos.
O crime foi cometido no último dia 30 de setembro, em bar localizado na Avenida João Martins Coelho, zona Norte de Marília. Nilson foi morto a tiros.
Segundo a polícia, dois disparos acertaram a cabeça da vítima, que foi socorrida pelo Samu, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no Hospital das Clínicas.
De acordo com a DIG, o autor, assim que chegou ao bar, solicitou a proprietária uma cerveja. Quando a dona do estabelecimento foi pegar a bebida, ‘Jé’ foi em direção da vítima e contra ela efetuou os disparos.
“Através de diligências realizadas houve a identificação do autor, o qual foi localizado nesta tarde em sua casa, na Rua Américo Capeloza. Ao ser questionado sobre o crime, de pronto assumiu sua autoria, esclarecendo que a arma utilizada estava em seu quarto, um revólver calibre 38, marca Taurus, com numeração suprimida, municiado quando da apreensão com quatro cartuchos íntegros, sendo localizados outros cinco também intactos”, disse o delegado Valdir Tramontini.
Na mesma cômoda em que estava o revólver, foi localizada uma porção de cocaína pesando cerca de 45 gramas.
Jefferson foi autuado em flagrante pelos crimes de tráfico de entorpecentes (pena de 5 a 15 anos de reclusão) e posse ilegal de arma de fogo com numeração suprimida (pena de 3 a 6 anos de reclusão), crimes pelos quais já foi processado e condenado anteriormente.
Na manhã desta quarta-feira (4) o rapaz será apresentado em audiência de custódia.
“Jé” alegou que os entorpecentes eram para consumo pessoal, e que o revólver foi adquirido há cerca de um mês, de um desconhecido, pelo valor de R$ 2,5 mil.
“A respeito do homicídio, Jefferson esclareceu que, há seis meses está amasiado com Raquel, a qual, já há algum tempo vinha sendo assediada por Nilson, que lhe telefonava e enviava mensagens, mesmo ela solicitando que isto cessasse. Segundo alegação do autor, na data dos fatos, nova importunação houve, tendo Nilson telefonado para Raquel, solicitando que fosse até o bar em que ele estava, tomar cervejas com ele, e mais, teria desafiado Jefferson a ir até lá, o que acabou ocorrendo”, diz comunicado da polícia.
Ainda segundo a DIG, “sob a justificativa de se defender, ‘Jé’ foi ao bar armado, onde teria ingressado sem capacete e pedido a proprietária (de quem informou já ser conhecido, pois morou defronte ao estabelecimento) que pegasse uma cerveja.
Assim que ela foi pegar a bebida, ‘Jé’ foi ao encontro da vítima (a quem não conhecia, mas que se tratava do único cliente ali sentado), para questioná-la sobre as constantes importunações à sua amásia, tendo Nilson se levantado e ido em sua direção.
O autor disse que por medo de que Nilson estivesse armado, contra ele efetuou os disparos que provocaram sua morte.
O delegado Valdir Tramontini informou que amanhã será representado pela decretação da prisão temporária de Jefferson, para que ele permaneça preso, independente do que for decidido na audiência de custodia pelos crime de tráfico e posse ilegal de arma de fogo.