Ciência busca fazer seu animal de estimação ter vida mais longa
Se por muito tempo o foco foi à busca para entender como aumentar a longevidade dos seres humanos, agora a indagação dos cientistas também tem sido feita em relação aos animais de estimação. E a ideia é justamente descobrir os fatores da longevidade para fazer com que os bichos possam acompanhar seus donos em uma vida mais longa. As respostas não fáceis de encontrar, mas algumas hipóteses começam a aparecer.
Animais maiores geralmente vivem mais que os pequenos, explica Steven Austad, biogerontologista da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, na revistaScience Advances. Segundo ele, não é apenas uma questão de sobrevivência, mas o resultado de milhões de anos de pressão evolucionária.
Os cachorros pequenos tendem a viver mais do que os grandes, em alguns casos, até o dobro do tempo. Há duas possibilidades: o rápido crescimento dos cães maiores resultaria num corpo mais frágil ou, como a maioria das raças surgiu faz poucos séculos, elas não teriam evoluído o suficiente para se tornarem fortes, ou ambas respostas.
Pesquisas mostram que os cães maiores têm maior quantidade de um hormônio parecido com a insulina chamado de fator 1 e que essa proteína está associada a uma vida mais curta em diversas espécies, apesar de detalhes desse mecanismo ainda serem uma incógnita. Como os cães maiores geralmente crescem mais rápido, o resultado disso poderia ser corpos não tão fortes e mais propensos a complicações e doenças.
De qualquer forma, cães e gatos já estão vivendo mais do que em qualquer época. A expectativa de vida dos cachorros dobrou nas últimas quatro décadas e dos gatos domésticos vivem duas vezes mais tempo do que os gatos selvagens. Um dos fatores é a melhora do atendimento veterinário e da alimentação.
Fonte: UOL