Zoonoses de Tupã faz ‘censo canino’ em busca ativa contra a leishmaniose
O Centro de Controle de Zoonoses (CZZ) de Tupã anunciou o início de um censo canino na zona leste da cidade com o objetivo de identificar precocemente casos de leishmaniose. A região é a mais populosa do município.
A partir de 17 de abril, os agentes visitarão residências para coletar uma amostra de sangue de cães com ou sem sintomas da doença.
A ação ocorre anualmente como estratégia de prevenção, visando interromper o ciclo de transmissão da moléstia que pode acometer humanos. Antes de começar o trabalho de campo, as comunidades serão informadas sobre a necessidade de autorizar a retirada de sangue dos cachorros e de fornecer dados básicos, essenciais para entrar em contato com o responsável pelo animal, caso o resultado seja positivo.
O diagnóstico é feito por meio de exames sorológicos laboratoriais. Quando há confirmação da doença, uma contraprova é obrigatoriamente realizada pelo Instituto Adolfo Lutz, em Marília, unidade de referência.
ENTENDA
Quando o mosquito-palha se alimenta do sangue de cães contaminados, o inseto torna-se vetor da doença. Pois, ao picar seres humanos, infecta o indivíduo com a leishmaniose visceral, que pode ser letal se não tratada adequadamente.
O secretário da Saúde em Tupã, Miguel Ângelo de Marchi, destaca ser fundamental evitar criar ambientes propícios para a proliferação do mosquito-palha, e observação à saúde dos animais.
Entre os sinais mais comuns da doença estão as lesões na pele, emagrecimento e fraqueza nas patas traseiras. “Dependendo do organismo do hospedeiro, o cachorro infectado pode permanecer sem sinais clínicos por um longo período, outros podem morrer em poucas semanas”, disse.
O médico e secretário explica que a evolução da doença, vezes silenciosa, exige que a população colabore com a busca-ativa. “Queremos evitar que o ciclo de transmissão afete as pessoas”, finaliza.