Zona Leste tem maior infestação de larvas do Aedes em Marília
A zona Leste de Marília, que envolve o bairro Cascata e adjacências, é a região da cidade com maior infestação de larvas do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
É o que mostra o Levantamento rápido de índices para Aedes aegypti (LIRAa) realizado em fevereiro. Ao todo foram visitados 2.674 imóveis na cidade.
As proximidades do Cascata registraram um índice predial de 4,02%. Ou seja, a cada 100 prédios vistoriados, em quatro foram encontradas larvas.
Tecnicamente isso significa “risco de surto de dengue”. Todas as outras regiões de Marília estão no patamar considerado de “alerta”, entre 1% e 3,9%. A média da cidade no último LIRAa foi de 2,6.
Houve redução no índice na comparação com o levantamento anterior, feito em outubro de 2018. Naquela ocasião, o LIRAa de toda a cidade ficou em 4% indicando o risco de surto.
Perigo
Uma diferença importante entre outubro do ano passado e o mês corrente é a quantidade de casos de dengue.
Só em 2019, até a última sexta-feira (8) já foram contabilizados 76 casos positivos de dengue na cidade. Outros 194 casos ainda aguardam resultado e mais 252 foram descartados após exames.
É por isso que a redução da presença de larvas nos imóveis – com exceção da zona Leste – não pode ser comemorada.
Especialistas afirmam que a combinação de alto número de pessoas doentes a elevada quantidade de imóveis com presença da larva do Aedes é uma “bomba-relógio”.
Prefeitura
Nos últimos dias a Secretaria Municipal da Saúde de Marília reiterou o alerta à população, “para que sejam realizadas medidas efetivas de eliminação dos focos do mosquito”.
“Cerca de 80% dos criadouros estão dentro dos imóveis, ou seja, espaço de domínio do próprio morador”, diz a Saúde.