Welington só renova se São Paulo mudar proposta; Inter e Botafogo monitoram
A diretoria do São Paulo e o estafe do lateral-esquerdo Welington não têm falado a mesma língua durante as conversas pela renovação contratual do jogador. A reportagem apurou que para que o vínculo seja estendido, o time tricolor terá de mudar os moldes das propostas feitas até agora.
O QUE ACONTECEU
A valorização oferecida pelo São Paulo a Welington não agradou. A maior parte do aumento salarial oferecido pelo clube foi feita em forma de gatilhos futuros.
Se os moldes do negócio não mudarem, a tendência é que o lateral não renove. A reportagem ouviu pessoas próximas à carreira do jogador que esperam uma mudança de postura do Tricolor para resolver a negociação. A divisão da oferta entre salário em carteira e direito de imagem também desagrada.
Há o temor de que o gatilho futuro de valorização nunca seja atingido. Pessoas com que a reportagem conversou veem o São Paulo tentando apenas retomar o controle da operação para não perder o jogador de graça, mas já de olho em uma venda no meio do ano, portanto antes do gatilho de aumento salarial ser ativado.
Internacional e Botafogo já demonstraram interesse em assinar um pré-contrato com o jogador. Nos bastidores, os dois clubes já deram a entender que têm intenção de oferecer desde agora a valorização salarial futura que o São Paulo coloca em contrato.
Welington tem interesse em renovar com o São Paulo, mas aguarda uma valorização. Em entrevista exclusiva ao UOL, o jogador falou que espera “uma proposta daquilo que esteja merecendo” após três anos como profissional no Tricolor.
POSTURA DE WELINGTON É ELOGIADA
O coordenador técnico Muricy Ramalho, em entrevista ao canal do Arnaldo e Tironi, elogiou o profissionalismo do lateral que tem contrato apenas até o final deste ano.
O São Paulo já fez várias propostas e eles estão conversando. Não é fácil, mas mesmo nessa situação ele vai para dentro do campo e dá a vida, luta pra caramba, briga o tempo todo, porque o que interessa para a gente é isso. Esse veste a camisa também. Ele deixa com os empresários dele, não se esconde. Claro que a gente queria que ele assinasse o contrato já, mas está um pouco difícil.
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POR EDER TRASKINI