‘Vídeos da vacinação não incomodam’, diz enfermeira
O vídeo da aplicação da vacina contra a Covid-19, em um idoso querido, virou registro documental para sindicâncias e investigações em vários lugares do Brasil.
Casos de procedimento incorreto, não aplicação do imunizante e até seringa vazia estão sendo apurados. Nenhuma ocorrência foi relatada na região de Marília.
Os primeiros flagrantes foram feitos em simples registros para mostrar aos familiares, afinal, poucas gerações enfrentaram pandemia tão crítica. Mas o ato de filmar a vacinação está mais comum, o que pode revelar empolgação e alegria (na maioria dos casos) ou mesmo desconfiança, em outros.
A enfermeira responsável pelo Programa de Imunização do município, Juliana Bortoletto, afirma que o registro é um ato absolutamente voluntário, inclusive das duas partes – família e profissional da saúde.
Ela afirma que não foi notificada de nenhum caso que tenha gerado aborrecimento ou desacordo. Em geral, os profissionais de saúde não se importam com o registro e não se sentem fiscalizados.
“Temos o direito de não sermos filmados e nem fotografados. Estamos respaldados pelo Conselho (Regional de Enfermagem – Coren)”, alerta Juliana, que completa: “Digo sempre para minha equipe: se fazemos o que é certo, não tem porque esconder, mas respeitamos a decisão de quem impede imagens”, pondera.
A melhor diretriz, nesse caso, é o respeito e o bom senso. Por isso, seja para registro de família ou mesmo documentação por desconfiança (direito do usuário), o que vale é uma boa conversa antes de dar o play na cena histórica, sob pena de expor profissionais e gerar constrangimentos.