Vereadores apresentam alternativas para Legionários
Cerca de 20 jovens, demitidos após o encerramento das atividades da Legião Mirim, foram recebidos pelo presidente da Câmara, Delegado Wilson Damasceno (PSDB), pelos vereadores José Luiz Queiroz (PSDB), João do Bar (PHS), Evandro Galete (Podemos) e pelo secretário de Assuntos Estratégicos da prefeitura, Ricardo Mustafá.
Os ex-legionários procuraram os vereadores em busca de auxílio para receberem o salário do exercício de janeiro – que deve ser pago até o próximo dia 10 de fevereiro – o que, segundo eles, não deverá acontecer, de acordo com informações passadas pela diretoria da entidade.
Também não deve ser paga a rescisão contratual, por falta de dinheiro em caixa, segundo disseram os demitidos.
O vereador José Luiz Queiroz, que também trabalha como auditor fiscal do Ministério do Trabalho, orientou os jovens a aguardar os prazos legais para os pagamentos do salário e da rescisão e, em caso de não quitação de qualquer um dos direitos, procurar o Ministério do Trabalho para uma denúncia.
“A questão é trabalhista e não política. Eles chegaram na entidade e foram informados que estavam demitidos e que a Legião não tinha condições de honrar os salários e nem tinha a previsão para o pagamento da rescisão de todos os trabalhadores. Estes trabalhadores têm que procurar seus direitos e é isso que, de certa forma, eles vieram fazer aqui na Câmara. Isso não tem nada a ver com o projeto da zona azul digital. A Legião Mirim já estava enfrentando problemas de caixa que culminaram nesta situação que vivemos hoje”, disse.
Do presidente da Câmara, Delegado Damasceno, os trabalhadores ouviram as sugestões apresentadas pela Câmara.
“A Câmara, junto com a Prefeitura, está analisando uma maneira de propor um convênio, talvez com a Associação Comercial e Industrial de Marília, para tentar absorver estes jovens. Também sugerimos que a própria prefeitura contrate como estagiários bolsistas, alguns deles e, por fim, estamos sugerindo que a Prefeitura envie para a Câmara um Projeto de Lei transformando a Legião Mirim em uma segunda unidade do Centro Profissionalizante de Marília (Ceprom), desde que a entidade se ajuste a Lei Federal e participe do chamamento público. Todas essas alternativas surgiram durante as três reuniões que fizemos com a participação de todos os vereadores, do prefeito e do secretário da administração. O assunto nunca ficou parado ou esquecido”, explicou Damasceno.
O secretário de Assuntos Estratégicos, Ricardo Mustafá, disse que a reunião foi importante para dar suporte aos legionários demitidos.
“Foi uma reunião produtiva, principalmente porque, conseguimos explicar os reais motivos que levaram a Legião Mirim a encerrar suas atividades. Todos os jovens que estiveram aqui eram contratados pelo regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e precisam ter seus direitos garantidos na justiça do trabalho. Não é uma questão política e sim trabalhista. Apesar disso, a Câmara e a prefeitura estão estudando medidas possíveis para tentar absorver estes jovens em outra situação. Tudo que está ao nosso alcance está sendo feito”.