Vereador se manifesta sobre polêmica de suposto calote
Em nota publicada nas redes sociais, o vereador Elio Ajeka (PP) se posicionou sobre a denúncia de suposto de calote praticado contra um prestador de serviços, durante a campanha eleitoral do ano passado, noticiada com exclusividade pelo Marília Notícia.
No texto, o parlamentar se diz ‘uma pessoa do bem’, que pretende não entrar em embates políticos. “A verdade e a realidade podem tardar em aparecer, mas elas se farão presentes em momento oportuno. O que tenho a dizer acerca deste fato é que o cidadão que alega ter crédito e valores a receber tinha uma suposta amizade de quase 20 anos, não havia contrato, nem mesmo solicitação verbal ou escrita, pedindo os serviços, muito pelo contrário, fui eleito com votos válidos, de amigos e eleitores que confiaram e acreditaram em mim”, começa.
Segundo Ajeka, há alguns meses, ele foi procurado pelo denunciante, que teria questionado o motivo pelo qual o parlamentar não estava mais comprando perfumes dele. “Alegando que antes da campanha, sempre comprava, e após eleito, não adquiri mais. Dias depois, fui surpreendido novamente com um boleto encaminhado em meu consultório, com valores aproximados ao subsídio recebido pelos parlamentares. A esposa dele, proprietária de uma loja de fotografia, me procurou, foi até meu consultório, onde indaguei inclusive o porquê de não terem vindo conversar antes, caso estivessem precisando de algo, foi quando a mesma me disse que seu marido queria na verdade uma ajuda de emprego”, afirma.
Ainda de acordo com o parlamentar, com o objetivo de se resguardar, foi até o Procon, onde protocolou e relatou a ocorrência dos fatos e a suposta emissão equivocada do boleto. Comunicação teria sido feita em 16 de março deste ano.
“Dias depois, fui surpreendido pelo presidente da Câmara, o senhor Marcos Rezende (PSD), dizendo que o Allan [denunciante] havia lhe procurado, pedindo que o mesmo me contatasse, o que foi feito. Em conversa com o presidente, o mesmo me disse para ficar tranquilo, que as contas eleitorais de campanha já haviam sido aprovadas e que isso era comum”, escreve.
“O que me causa grande surpresa e estranheza é que tal representação junto ao Ministério Público, só se deu quase seis meses depois dos ‘supostos serviços prestados’, até então voluntariamente. Lembrando que se deu logo após a instalação da CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito – e ao pedido de auxílio externo do Tribunal de Contas do Estado e empresa técnica nas investigações”, conclui.
DENÚNCIA
Como noticiado pelo MN, o vereador Elio Eiji Ajeka se tornou alvo de uma denúncia de calote de mais de R$ 6,3 mil, protocolada no Ministério Público Eleitoral (MPE), que também questiona a prestação de contas apresentada à Justiça em relação o pleito municipal de 2020.
Conforme o documento, assinado por A.C.A., o parlamentar teria contratado seu serviço para a campanha eleitoral. Mas, além de não honrar com o débito, teria deixado de incluir o trabalho na documentação entregue à Justiça Eleitoral.
“Ilustríssimo senhor promotor, durante as eleições municipais de 2020, para o cargo de vereador deste município, realizei a prestação de serviços de fotografia ao candidato e agora eleito Elio Eiji Ajeka. No entanto, o mesmo não realizou o pagamento dos meus serviços e também não incluiu na prestação de contas. Não recebendo, fiz a emissão de boleto bancário e envio por AR, no intuito de receber o que de direito. Possuo todos os áudios e imagens entre o denunciante e o candidato quanto o trabalho nas eleições, dos serviços executados, mas ignorado após eleito, omitindo tal gastos na prestação de contas, dispondo de todos os meios de prova e pessoalmente para esclarecimentos”, cita a denúncia.
De acordo com a relação divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral, através do sistema de divulgação de candidaturas e contas eleitorais, o vereador informou ter recebido total de R$ 13.345 para a campanha do ano passado. Deste valor, Ajeka comunicou despesa de R$ 12.025 com contratações – não consta serviço de fotografia.