Vereador Marcos Rezende faz análise do mandato
O vereador Marcos Rezende (PSD) deu uma entrevista exclusiva ao Marília Notícia sobre seu primeiro ano como líder do governo na Câmara do município em 2017, suas parcerias com políticos da esfera federal para benefício da cidade, e objetivos em 2018. O parlamentar fez balanço sobre o ano passado e falou sobre relação entre Executivo e Legislativo.
Rezende afirma que apesar das dificuldades que o país, estado e município passaram nos últimos anos, em especial em 2017, o ano foi produtivo e foram dados avanços. Ele elogia o protagonismo da Câmara e “o respeito e diálogo” do prefeito com vereadores. “Nunca vi algo igual”.
Sobre sua atuação junto ao PSD, comemorou em especial a vinda do ministro Gilberto Kassab (PSD), presidente do partido, para Marília em novembro passado.
“A primeira vez que o Kassab veio para Marília, quando Vinícius era prefeito, conseguimos recurso para que não faltasse água na cidade. Agora com o Daniel o ministro veio anunciar o programa ‘Internet para Todos’ em que a cidade vai se beneficiar também”, comenta o vereador.
De acordo com Rezende a visita foi possível por conta da relação pessoal com o ministro e com outro grande parceiro, o também correligionário deputado federal Walter Ihoshi (PSD).
“Talvez na Câmara de Marília não tenha outro vereador com tanta proximidade com um deputado federal quanto eu tenho com o Ihoshi, que nos beneficiou com diversas emendas para saúde, infraestrutura, tapa-buraco e outros setores”, diz Rezende.
Rezende é coordenador regional do PSD e articula políticos vinculados ao partido em 50 municípios, levando suas demandas em âmbito Nacional para o deputado federal e para o ministro.
2017 e 2018
Sobre sua atuação como líder do governo Daniel Alonso (PSDB) na Câmara, onde é responsável por apresentar os projetos de lei do Executivo e fazer esclarecimentos sobre eles no púlpito, assim como suas eventuais defesas, o vereador se diz satisfeito.
“Eu estou aqui representando as pessoas que votaram em mim. E tenho certeza, se eu perguntar para cada uma delas, onde querem que eu esteja, com certeza que vão dizer que me querem não fazendo oposição, mas ajudando a cidade”, afirmou.
Para 2018 o vereador pondera que um ano eleitoral nos âmbitos Estadual e Nacional pode ser bastante agitado, mas ele acredita que as campanhas não devem atrapalhar a gestão municipal.
“Tem muita gente em nossa cidade que luta pelo quanto pior melhor, e espero que isso acabe não acontecendo. Que a cidade possa ter seu encaminhamento natural”, deseja Rezende.
Sobre a gestão municipal o parlamentar elogia a gestão na Saúde e afirma que a Educação ainda precisa de um melhor entrosamento entre professores e o secretário Beto Cavallari. “Mas acho que vamos avançar, ter mais escolas de tempo integral, aula de inglês”, comenta.
Em 2017 uma das principais bandeiras de Rezende foi justamente na área da educação e sua cruzada contra a ideologia de gênero. Foram vários questionamentos sobre o conteúdo dos materiais da educação e a existência do polêmico tema nos livros escolares.
“Cobrei muito que os materiais não abordassem ideologia de gênero. Acho que com uma criança de 10 anos, mesmo que subliminarmente, não se deve abordar esse aspecto e espero que o secretário não permita essa material na nossa rede, até porque o plano municipal proíbe integralmente. Eu vou apresentar alguns projetos nesse sentido em 2018. Apresentar sexo para crianças não pode” promete.
Código Zoosanitário
Além das defesas por educação, saúde e assistência social, Rezende pretende ter como um de seus focos enquanto vereador a discussão sobre o Código Zoosanitário de Marília, que deve ter seu pré-projeto apresentado em breve.
“Precisamos de muita conversa com os vereadores e com a população sobre questões que envolvem a harmonia da saúde humana com a saúde dos animais. É preciso estabelecermos as responsabilidade, conscientizar as pessoas”, comenta o parlamentar.
Rezende explica que são cerca de 500 leis municipais sobre o tema – praticamente sem aplicação e fiscalização. “Esse emaranhado será substituído por um código moderno que, por exemplo (entre muitas coisas), deve inibir criação de galinha e porcos na zona urbana, isso estimula epidemias, endemias”.
“Acredito que até o final do ano conseguimos votar o código, com emendas, conversa”, diz o membro do PSD que denuncia a existência de 50 mil cães nas ruas de Marília. “Precisamos agir, estamos vendo casos de leishmaniose e outras doenças. As pessoas precisam ter responsabilidade também”.
Radar e Legião Mirim
O vereador Marcos Rezende também conversou com o MN sobre dois assuntos que estão rendendo polêmica em Marília nos últimos meses: a instalação de radares de trânsito nas vias urbanas e o possível fim da Legião Mirim, que hoje é responsável pela venda de talões na Zona Azul com seus jovens vestidos de azul.
Sobre o primeiro assunto, Rezende disse ser a favor, mas “nada de indústria da multa”. O vereador analisa que a cidade tem um número elevado de acidentes em comparação com outros municípios do mesmo porte.
“Temos que resguardar o patrimônio mais importante das pessoas que é a vida. Sou a favor que tenhamos nas artérias, nas vias de mais movimento, esses radares com placa, devidamente sinalizados”, detalha.
Conforme o vereador, o radar não pode ficar escondido, “mas o cidadão tem que saber que se passar da velocidade ou furar o sinal vermelho, ele será multado”.
No caso de uma avançada discussão para a modernização da Zona Azul de Marília, Rezende afirma que tem lutado para que a Legião Mirim possa participar da licitação. Ele apresentou uma emenda no projeto de lei sobre o assunto justamente para garantir que entidade idôneas da cidade sejam consideradas aptas a disputarem o certame.
“Isso não é direcionar a licitação, mas permitir que uma entidade que está devidamente registrada no município, com tudo em dia, tem conhecimento, tem que ter a oportunidade de disputar a prestação do serviço”.
Rezende termina defendendo o trabalho feito pela Legião Mirim com adolescentes para capacitação ao mercado de trabalho. “Temos médicos, advogados, pais de família que começaram na Legião Mirim, são pessoas, profissionais responsáveis, por conta desse ensinamento lá atrás”.