Vendedora de trufas de Marília desabafa e faz apelo por empatia
“Olá pessoal, meu nome é Isadora e eu sou vendedora de trufas”. É assim que começa o desabafo feito pela mariliense que trabalha durante os dias e as noites fazendo e comercializando bombons de chocolate.
“Faz tempo que quero postar isso, porém, até o momento não tive coragem”, afirma Isadora Fonseca em sua publicação nas redes sociais, em que pede por mais empatia das pessoas nas ruas e estabelecimentos de Marília.
“Não somente por mim, mas para todos que fazem o que eu faço. Tenham mais empatia com o próximo, tenham mais amor, ninguém sabe o porquê de a pessoa estar ali vendendo suas coisas, passando de mesa em mesa, oferecendo os seus produtos”, escreve a doceira.
Para Isadora, não há vergonha nenhuma no exercício de um trabalho digno. Mas, muitas vezes, os vendedores são “vistos com maus olhos”.
“Você não está sendo obrigado a comprar nada, mas custa esperar a pessoa ao menos terminar de falar? Custa muito caro tratar alguém com educação?”, questiona Isadora.
“Gostaria apenas de deixar esse alerta. Uma coisa tão simples que se chama empatia, se colocar no lugar do outro. Trate as pessoas da mesma forma que você gostaria de ser tratado”, recomenda a jovem.
“Uma coisa que me deixa muito triste é que esse problema acontece principalmente com as mulheres. Poxa, nós mulheres devemos nos unir, nos apoiar. Como eu já disse, ninguém é obrigado a comprar nada, porém, sejam educadas. Quando eu ofereço meus produtos a um casal, eu sempre ofereço para as mulheres e olhando para elas. Eu sou casada, estou saindo da minha casa, deixando os meus filhos para trabalhar”, completa.
Na conclusão do texto, a doceira aproveita para agradecer “aos donos dos estabelecimentos que me deixam vender as minhas trufas” e também às pessoas que nem sempre compram seus doces, mas a tratam com empatia.