MN Logo

11 anos. Mais de 100 mil artigos.

  • Capa
  • Polícia
  • Marília
  • Regional
  • Entrevista da Semana
  • Brasil e Mundo
  • Esportes
  • Colunas
  • Anuncie
Brasil e Mundo
sáb. 11 dez. 2021

Variante Ômicron e vacinas: o que se sabe até agora

por Agência Estado

Ao mesmo tempo que a variante Ômicron do coronavírus avança pelo mundo, pesquisas tentam medir o quanto as vacinas usadas até agora são capazes de proteger a população. Os estudos, ainda preliminares, mostram que a nova cepa pode escapar parcialmente de uma primeira barreira de proteção oferecida pelos imunizantes E sugerem um caminho: doses de reforço.

Considerada uma variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Ômicron foi identificada na África do Sul em 24 de novembro. Até esta quarta-feira, já estava em 57 países, incluindo o Brasil. O temor tem relação não só com o número de mutações, mas com a localização dessas variações dentro do vírus Das 50 alterações genéticas na cepa, 32 estão na proteína spike, aquela que permite a entrada do vírus nas células humanas Grande parte das vacinas usa a proteína spike para induzir a resposta imune – por isso, alterações nessa parte do vírus preocupam tanto.

As primeiras pesquisas para testar o impacto da variante na proteção das vacinas ainda são preliminares, não foram revisadas por outros cientistas e coletaram poucos dados. Esses estudos são realizados em laboratório: cientistas analisam a interação entre amostras de sangue de vacinados (com anticorpos) e a nova variante. As primeiras conclusões são de que há queda na capacidade da vacina de produzir anticorpos que neutralizam a Ômicron – o que os cientistas já esperavam.

Segundo uma pesquisa realizada na África do Sul com 12 pessoas, houve declínio de 41 vezes nos níveis de anticorpos neutralizantes contra a nova variante em vacinados com a Pfizer. O estudo, do Instituto de Pesquisa em Saúde de Durban, também apontou que a proteção parece ser maior entre os que já tinham se infectado antes de tomar a vacina. Para Alex Sigal, virologista que conduziu o estudo, os dados trazem boas notícias, apesar de ser preocupante a queda de anticorpos. Ele temia que as vacinas pudessem não fornecer proteção contra a variante. Havia o risco de que a Ômicron tivesse encontrado uma nova “porta” para entrar nas células – o que tornaria os anticorpos de vacinas inúteis.

Outra pesquisa preliminar, do Instituto Karolinska, na Suécia, e da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, mostrou que a redução na capacidade de neutralização dos anticorpos é variável. Em algumas amostras, quase não houve diminuição e, em outras, houve queda de 25 vezes em relação ao “vírus original”. “A neutralização não é completamente perdida, o que é positivo”, afirmou Ben Murrell, do Karolinska, nas redes sociais.

Insuficiente

Nesta quarta, um novo estudo, realizado pela Pfizer e pela BioNtech, indicou que, com um esquema de duas doses, a quantidade de anticorpos neutralizantes contra a variante Ômicron diminui, em média, 25 vezes em relação aos produzidos contra o vírus original. E “duas doses podem não ser suficientes para proteger contra a infecção” pela nova variante, conforme informaram as empresas. A pesquisa analisou 39 amostras.

Essa queda em anticorpos neutralizantes era esperada pelos cientistas – justamente por causa do número de mutações da Ômicron – e deve ocorrer com outras marcas de vacinas. Mas as últimas pesquisas não significam que as vacinas são ineficazes contra a Ômicron. Especialistas ponderam que os anticorpos analisados até agora em laboratórios não são a única barreira. As vacinas também induzem outros tipos de resposta imune, como as células T, que matam células infectadas e são importantes para evitar que uma pessoa infectada adoeça. “A Ômicron escapa mais do que as outras (variantes). Mas, provavelmente, ainda vamos ter proteção em termos de hospitalização, de doença sintomática”, diz Cristina Bonorino, imunologista e membro dos comitês científico e clínico da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI). A expectativa é de que a vacinação evite a forma grave da covid-19, mesmo com a Ômicron. Cientistas, no entanto, só poderão confirmar isso com análises no mundo real.

Nesta quarta, a Pfizer anunciou que vacinados “devem estar protegidos contra formas graves”, já que o mecanismo de ativação de células T não parece ter sido afetado pelas mutações da Ômicron. “Sabemos que temos uma proteção clínica (com as vacinas), mas não em relação à infecção e transmissão”, diz o virologista Fernando Spilki, da Universidade Feevale e coordenador da Rede Corona-ômica.Br, do Ministério da Ciência eTecnologia.

Reforço

“Está claro com os dados preliminares que a proteção é aumentada com uma 3.ª dose da nossa vacina”, disse Albert Bourla, CEO da Pfizer. Ele também disse que é possível que a população venha a precisar de uma 4.ª dose.

Na mesma linha, o cientista Xiangxi Wang, pesquisador principal do Laboratório de Infecção e Imunidade do Instituto de Biofísica da Academia Chinesa de Ciências, afirmou nesta quarta que uma 3 ª dose da Coronavac, desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, produz anticorpos capazes de reconhecer a Ômicron. Ele citou uma triagem de mais de 500 unidades de anticorpos neutralizantes obtidos após a 3.ª dose. “Cerca de um terço apresentou grande afinidade de ligação com a proteína spike das cepas de preocupação, incluindo a Ômicron”, afirmou. Segundo o Butantan, os cientistas ainda vão testar a capacidade de neutralização desses anticorpos contra o vírus para confirmar a eficácia.

“Dar a terceira dose é o que temos agora”, afirma Jorge Kalil, imunologista da Faculdade de Medicina da Faculdade da Universidade de São Paulo (USP). Ele lembra que o desenvolvimento, a testagem e a aprovação de uma vacina completamente adaptada à Ômicron podem levar meses.

Uma vacina adaptada da Pfizer estaria disponível “até março”, segundo a farmacêutica. A AstraZeneca informou que a plataforma de vacina desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford “permite responder rapidamente a novas variantes que possam surgir”. A Johnson & Johnson informou que está testando amostras para medir a atividade neutralizante da Janssen contra a Ômicron Paralelamente, a companhia busca uma vacina específica para a variante “e irá desenvolvê-la, conforme for necessário”, afirmou

“Se não vacinarmos, vão surgir variantes que escaparão da vacina Por enquanto, quem se vacinou está razoavelmente protegido e quem não se vacinou deve se vacinar, mesmo tendo tido a doença”, acrescenta Cristina Bonorino, professora titular da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Compartilhar

Mais lidas

  • 1
    Homem morre baleado pela PM na madrugada em Marília
  • 2
    Destruição na Fazenda do Estado gera multa à moradora, após derrubada de árvores
  • 3
    Marília lidera ranking nacional de demanda por profissionais do sexo
  • 4
    Dupla armada invade casa, rende irmãos e foge com R$ 10 mil e relógio na zona norte

Escolhas do editor

HABEAS CORPUS
Defesa de ex-PM acusado de morte no rodeio de Marília recorre ao STJDefesa de ex-PM acusado de morte no rodeio de Marília recorre ao STJ
Defesa de ex-PM acusado de morte no rodeio de Marília recorre ao STJ
EDUCAÇÃO
Marília cria programa que garante exame de vista a alunos do ensino fundamentalMarília cria programa que garante exame de vista a alunos do ensino fundamental
Marília cria programa que garante exame de vista a alunos do ensino fundamental
ZONA NORTE
Homem morre baleado pela PM na madrugada em MaríliaHomem morre baleado pela PM na madrugada em Marília
Homem morre baleado pela PM na madrugada em Marília
CENTRO DE COMPRAS
Marília Shopping anuncia 4ª expansão e confirma chegada das redes Soneda e Daiso em 2026Marília Shopping anuncia 4ª expansão e confirma chegada das redes Soneda e Daiso em 2026
Marília Shopping anuncia 4ª expansão e confirma chegada das redes Soneda e Daiso em 2026

Últimas notícias

Defesa de ex-PM acusado de morte no rodeio de Marília recorre ao STJ
Dupla armada invade casa, rende irmãos e foge com R$ 10 mil e relógio na zona norte
Homem em situação de rua bate no rosto e rouba pedestre no Centro de Marília
Marília cria programa que garante exame de vista a alunos do ensino fundamental

Notícias no seu celular

Receba as notícias mais interessantes por e-mail e fique sempre atualizado.

Cadastre seu email

Cadastre-se em nossos grupos do WhatsApp e Telegram

Cadastre-se em nossos grupos

  • WhatsApp
  • Telegram

Editorias

  • Capa
  • Polícia
  • Marília
  • Regional
  • Entrevista da Semana
  • Brasil e Mundo
  • Esportes

Vozes do MN

  • Adriano de Oliveira Martins
  • Brian Pieroni
  • Carol Altizani
  • Décio Mazeto
  • Fernanda Serva
  • Dra. Fernanda Simines Nascimento
  • Fernando Rodrigues
  • Gabriel Tedde
  • Isabela Wargaftig
  • Jefferson Dias
  • Marcos Boldrin
  • Mariana Saroa
  • Natália Figueiredo
  • Paulo Moreira
  • Ramon Franco
  • Robson Silva
  • Vanessa Lheti

MN

  • O MN
  • Expediente
  • Contato
  • Anuncie

Todos os direitos reservados.
Proibida a reprodução total ou parcial.
MN, Marília Notícia © 2014 - 2025

MN - Marília NotíciaMN Logo

Editorias

  • Capa
  • Polícia
  • Marília
  • Regional
  • Entrevista da Semana
  • Brasil e Mundo
  • Esportes

Vozes do MN

  • Adriano de Oliveira Martins
  • Brian Pieroni
  • Carol Altizani
  • Décio Mazeto
  • Fernanda Serva
  • Dra. Fernanda Simines Nascimento
  • Fernando Rodrigues
  • Gabriel Tedde
  • Isabela Wargaftig
  • Jefferson Dias
  • Marcos Boldrin
  • Mariana Saroa
  • Natália Figueiredo
  • Paulo Moreira
  • Ramon Franco
  • Robson Silva
  • Vanessa Lheti

MN

  • O MN
  • Expediente
  • Contato
  • Anuncie