Varejo na região eliminou 174 vagas com carteira assinada em maio
O comércio varejista na região de Marília eliminou 174 vagas com carteira assinada em maio, resultado de 1.597 admissões contra 1.771 desligamentos. Esse foi o quinto mês consecutivo que o setor fechou com saldo negativo. No acumulado de 12 meses, porém, 399 postos de trabalho foram criados. Com isso, o setor encerrou o mês com estoque ativo de 47.039 trabalhadores, alta de 0,9% em relação ao mesmo período de 2017.
As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP Varejo), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), elaborada com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Das nove atividades pesquisadas, seis tiveram retração no estoque de trabalhadores formais em comparação com o mesmo mês do ano passado, com destaque em outras atividades (-1,7%); e autopeças e acessórios (-1,6%). Por outro lado, os setores de supermercados (4,2%); e de farmácias e perfumarias (2,9%) foram os que registraram as maiores variações positivas na mesma base comparativa.
“Mais uma vez temos esse quadro preocupante de desemprego que agrava a situação financeira dos marilienses que, com a perda da renda fixa, se tornam inadimplentes, pois ficam sem recursos para pagar suas dívidas, bem como deixam de consumir. Esperamos que nos próximos meses, possamos ter uma melhora no que diz respeito às contratações”, ressalta Pedro Pavão, presidente do Sincomercio Marília.
Desempenho estadual
O comércio varejista no Estado de São Paulo eliminou 1.791 postos formais de trabalho em maio, resultado de 75.112 admissões e 76.903 desligamentos. Com isso, o varejo paulista encerrou o mês com um estoque de 2.061.288 vínculos empregatícios com carteira assinada. No acumulado de 12 meses, são 8.109 empregos formais a mais, o que reverte o cenário negativo observado nos três anos anteriores para o período.
Em maio, seis dos nove segmentos analisados registraram saldo negativo de empregos, com destaques para materiais de construção (-816 vagas) e para as lojas de vestuário, tecidos e calçados (-868 vagas). As farmácias e perfumarias impediram um resultado geral pior, ao abrirem 694 novas vagas.
Em relação a maio de 2017, cinco atividades registraram aumento do estoque de empregos com carteira assinada, com destaque para eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (3,1%) e para farmácias e perfumarias (2,8%). Por outro lado, lojas de vestuário, tecidos e calçados (-1,6%) e lojas de móveis e decoração (-1,5%) apontaram as maiores quedas na mesma base comparativa.
A paralisação dos caminhoneiros foi um fator determinante para o resultado negativo apontado em maio, pois, além de gerar uma crise de desabastecimento, a greve também criou um clima de incerteza, com reflexos negativos imediatos sobre a confiança dos consumidores e empresários e, consequentemente, sobre a geração de vagas com carteira assinada.
Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP Varejo) analisa o nível de emprego do comércio varejista. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e nove atividades do varejo: autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos; materiais de construção; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; supermercados; e outras atividades. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).