Vacinação da gripe tem baixa procura na primeira semana
A primeira semana de imunização contra o Influenza em Marília terminou com saldo, pelo menos, 50% menor em relação ao número que a Secretaria Municipal da Saúde esperava aplicar nos cinco primeiros dias da campanha. Até esta sexta-feira (16), as equipes da pasta tinham vacinado 1.571 pessoas.
Com 34 postos à espera do público-alvo na cidade, a média diária de aplicação é de pouco mais de nove doses, em cada unidade de saúde.
Ao menos por enquanto, a oferta está bem maior que a procura, uma vez que o município recebeu, na sexta (9), uma remessa de oito mil doses da trivalente, que protege contra os subtipos virais: H3N2, H1N1 e Influenza B. Há anos o imunizante é amplamente utilizado, com fornecimento feito pelo Instituto Butantan.
Nesta primeira etapa, podem ser vacinadas crianças de seis meses até seis anos (incompletos), gestantes, mulheres que tiveram bebê em até 45 dias, trabalhadores da saúde e indígenas.
A partir do dia 11 de maio, serão vacinados idosos acima de 60 anos e também os professores. A última etapa começa em 9 de junho, e vai atender quem tem comorbidades; deficiências; caminhoneiros; trabalhadores do setor de transportes; forças armadas, de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional; presos e jovens e adolescentes apreendidos.
A enfermeira responsável pelo setor de imunização da Secretaria Municipal da Saúde, Juliana Bortoleto, afirma que chamou a atenção, principalmente, o baixo número de crianças vacinadas.
“Dos grupos que já tiveram acesso liberado, todos estão abaixo do que esperávamos. Acreditamos que essa cobertura possa melhorar ao longo dos dias. Em relação às crianças, fica o nosso alerta aos pais e responsáveis. É muito importante que procurem uma unidade”, destaca.
No primeiro ano da pandemia de Covid-19, a cobertura da vacina contra o Influenza superou os 100%. Todos os grupos prioritários atingiram a meta de pelo menos 90%. A preocupação dos especialistas é que a população “baixe a guarda” em relação ao subtipos do vírus, o que pode causar aumento de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).