Unimar conquista prêmio internacional com websérie sobre racismo e gênero

A professora do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade de Marília (Unimar), Maria Inês Godinho, recebeu o Prêmio Marielle Franco, concedido pela Latin American Studies Association (Lasa), pelo trabalho desenvolvido na websérie “Não sou uma imagem: Desconstruindo representações midiáticas”. A premiação ocorreu durante congresso realizado neste ano em San Francisco, Califórnia (EUA).
A produção, composta por quatro episódios, nasceu da pesquisa de doutorado da docente, que aborda as violências de gênero e o racismo estrutural no ambiente universitário. O projeto foi desenvolvido dentro da Unimar e contou com a participação de estudantes do curso de Publicidade e Propaganda.
Segundo Maria Inês, o trabalho foi construído coletivamente. “Eles trouxeram reflexões potentes sobre como as imagens publicitárias moldam a forma como vivemos questões como gênero, cor da pele e corporalidade. Traduzimos essa análise em linguagem audiovisual, e o resultado me emociona muito”, afirmou.

Para a docente, a conquista tem valor simbólico por levar o nome da vereadora Marielle Franco. “Estou emocionada porque é a primeira vez que me inscrevo em um prêmio internacional e já conquistamos essa vitória. Ter o nome da Marielle nesse reconhecimento é muito significativo, porque nos impulsiona a seguir denunciando e tentando atenuar violências que, muitas vezes, são silenciosas, mas profundamente estruturais”, destacou.
A coordenadora do curso, Débora Loosli Massarollo Otoboni, ressaltou o impacto do projeto. “A websérie é um exemplo de como a universidade pode ser agente de transformação social. É inspirador ver nossos alunos refletindo sobre temas tão urgentes e traduzindo isso em uma linguagem acessível, crítica e criativa”, disse.
A pró-reitora de Graduação, Pesquisa e Pós-Graduação da Unimar, Fernanda Mesquita Serva, também comemorou o reconhecimento. “É uma honra para a Unimar ver seus professores e alunos conquistando reconhecimento internacional por projetos com tamanha relevância social. Acreditamos em uma Universidade viva, conectada com os desafios contemporâneos e comprometida com a formação de cidadãos críticos, conscientes e atuantes”, afirmou.