Uber testa integrar caronas e delivery de comida em um único app
O Uber deu mais um passo, nesta quinta-feira, 26, em seu projeto de se transformar em uma grande plataforma de serviços. Em evento na cidade de São Francisco, nos Estados Unidos, a empresa anunciou que está testando versões que integram o serviço de delivery de comida, o Uber Eats, ao aplicativo original de caronas.
Por meio dos testes, a empresa pretende determinar quais versões do app são mais adequadas para cada região atendida. A intenção é seguir adicionando opções, como mobilidade por bicicletas elétricas, patinetes e helicópteros, além de informações do transporte público. “Queremos ser o sistema operacional da sua vida”, afirmou o presidente da Uber, Dara Khosrowshahi, ao site Engadget.
Quando o projeto estiver completo, o Uber terá atingido o modelo de super app. Muito popular na China com o WeChat, da gigante Tencent, esses apps conseguem oferecer diversos serviços diferentes de relevância para a rotina das pessoas.
O Uber também apresentou novidades em seu programa de fidelidade, o Uber Rewards, que funciona de modo semelhante aos programas de milhas de companhias aéreas. Ele está disponível desde 28 de agosto em algumas cidades brasileiras. Serão acrescentadas novas opções de recompensas, como entrega grátis e itens gratuitos de restaurantes parceiros no Uber Eats, além de descontos no transporte. Mais cidades dos norte-americanas também passam a contar com o sistema de assinaturas Uber Pass.
Para o Uber Eats, a empresa anunciou o lançamento de filtros para pessoas alérgicas e com restrições de dieta, de modo a facilitar a escolha de pratos. Como política de sustentabilidade, os restaurantes não incluirão mais canudos e outros itens de plástico de forma automática nos pedidos a partir de outubro.
Medidas de segurança
O Uber apresentou uma série de mudanças com o objetivo de aumentar a segurança de usuários. A principal delas consiste na verificação das caronas: as pessoas agora podem optar por receberem código PIN de quatro dígitos, que deve ser fornecido verbalmente para o motorista parceiro antes de entrar no veículo. No futuro, a empresa pretende substituir o sistema pela conexão por meio de ondas de nível ultrassônico entre os celulares.
A empresa também passa a exigir novos métodos de checagem de identidade dos motoristas parceiros por imagens em tempo real. Além de selfies, o sistema periodicamente solicitará aos colaboradores que executem movimentos básicos aleatórios — como piscar, sorrir e virar a cabeça. Seria uma forma mais precisa de evitar a apropriação das contas por terceiros. Os usuários também podem agora reportar problemas de segurança durante a viagem, além de contatar serviços de emergência por mensagem na própria plataforma.
O Uber afirma contar com 100 milhões de consumidores ativos no mundo e 4 milhões de motoristas e entregadores parceiros. Em julho, a empresa completou cinco anos em operação no Brasil com 2,6 bilhões de viagens acumuladas. Ainda neste ano, a companhia estreou na Bolsa de Valores de Nova York, porém com ações negociadas a valores abaixo da meta. Os resultados recentes de balanços financeiros motivaram uma série de demissões nas áreas de engenharia e produtos.