Tupã confirma caso de leishmaniose em criança de três anos
A Secretaria Municipal da Saúde de Tupã (distante 75 quilômetros de Marília) confirmou ter sido diagnosticado um caso de leishmaniose visceral em uma criança de três anos, moradora do Jardim Itaipu.
Segundo a pasta, a paciente atendida na sexta-feira (26) pela UPA apresentava sintomas característicos da doença, como febre, fraqueza, falta de apetite, perda de peso e hemogramas alterados.
Diante da suspeita, seguindo o protocolo determinado pelo Ministério da Saúde, houve encaminhamento para a Santa Casa de Misericórdia de Tupã, responsável pela notificação, sendo solicitado teste rápido ao Laboratório Municipal, que confirmou a infecção.
A criança está em Marília, cidade referência para a região em tratamento pediátrico de leishmaniose visceral. Ela está medicada e o quadro clínico é considerado estável.
A paciente veio do estado do Maranhão há pelo menos quatro meses, no entanto, o caso deve ser considerado autóctone (contraído na zona de residência), pois ela está no município há mais de 30 dias.
DOENÇA
A leishmaniose visceral acomete seres humanos picados pelo mosquito palha que, ao se alimentar do sangue de cães contaminados, torna-se vetor desta doença de alta letalidade, quando não tratada adequadamente.
Para identificar precocemente casos de leishmaniose em cachorros, o Departamento de Vigilância em Saúde lembra ter iniciado no dia 8 de maio o censitário canino na zona Sul da cidade. Trabalho realizado pelo Centro de Controle de Zoonoses, por meio da coleta de sangue de animais para análise laboratorial.
Com este caso positivo no Jardim Itaipu, a região da zona Leste deve ser considerada área de transmissão. Por isso, as equipes iniciam nesta segunda-feira (29) busca ativa por cachorros contaminados e pessoas com sinais e sintomas.
A Prefeitura de Tupã destaca que deixar animais doentes sem tratamento coloca seres humanos em risco. Os tutores devem observar a saúde dos cães, adquirir coleiras antiparasitas para os pets, e realizar o tratamento indicado quando houver confirmação de leishmaniose, a fim de evitar a eutanásia.