Tupã adere luta contra a violência doméstica; cidade foi abalada pelo ‘caso Milena’
A cidade de Tupã, que em fevereiro deste ano viveu momento de luto e indignação com o brutal assassinato da gerente comercial Milena Raquel Dantas Bereta, de 53 anos, pelas mãos do próprio marido, anunciou adesão e ações de divulgação da campanha “Agosto Lilás”. Neste mês é lembrado, em âmbito estadual, a luta contra a violência doméstica.
O objetivo é conscientizar a população sobre a importância da denúncia e das medidas de proteção, que vão muito além do trabalho policial e passam também pela família, amigos e rede de apoio.
A Polícia Militar, em nota, destaca a intensificação da divulgação da “Lei Maria da Penha”, para sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre a urgente necessidade de erradicar a violência contra a mulher.
Além disso, a campanha promove a divulgação dos serviços especializados de atendimento à mulher em situação de violência e os mecanismos de denúncia existentes.
A intensificação das ações de prevenção e combate, realizadas pela instituição, tem articulação com a Prefeitura e outros órgãos.
Em Tupã, conforme a Polícia Militar, foram implementados diversos programas e mecanismos, como o aplicativo “SOS Mulher”, que permite atendimento emergencial para mulheres com medidas protetivas.
A cidade também tem o Comitê da Sistemática de Defesa contra a Violência Doméstica, que monitora e adota medidas sistêmicas; o programa “Patrulha Maria da Penha”, que acompanha a execução de medidas protetivas.
Há ainda o projeto “Lar Mais Seguro”, que realiza visitas solidárias e orienta sobre prevenção primária; além das visitas comunitárias, que estreitam relações com a comunidade.
Algumas das iniciativas incluem ampliação dos serviços de atendimento às mulheres, aumento do número de equipes multidisciplinares para atender as vítimas, além de apoio psicológico, jurídico e social.
O Poder Público também aposta no fortalecimento da rede de proteção com melhoria da comunicação entre os diversos órgãos envolvidos no atendimento às vítimas, como delegacias especializadas, conselhos tutelares e centros de referência.
A campanha leva informação nas escolas, empresas e comunidades, com o objetivo de mudar a cultura de violência e prevenir agressões.
BÁRBARIE
O caso Milena, uma mulher que além de ser morta, teve o seu corpo vilipendiado pelo assassino, seu próprio marido, é um símbolo recente da luta contra a violência de gênero na região.
Poucas horas antes de ser assassinada, ela havia registrado um boletim de ocorrência contra o homem, relatando agressões psicológicas e cárcere privado.
DENUNCIE
Casos de violência doméstica devem ser levados ao conhecimento das autoridades, seja pelas vítimas ou mesmo outras pessoas.
Os telefones são 190 (Polícia Militar) e 197 (Polícia Civil). É possível encaminhar denúncias também por meio do site www.webdenuncia.sp.gov.br ou pelo Disque 100.
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