Tribunal julga homem que participou de assassinato a marretadas
O Tribunal do Júri julga nesta quarta-feira (19), a partir de 9h30, Maicon Panatto Sampaio. Ele é acusado de participar do assassinato do entregador Eder Batista da Silva, de 28 anos, em 1 de fevereiro de 2017. Maicon teria ajudado no delito, prestando auxílio moral e material ao executor.
De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), Carlos Barboza Sampaio e Maicon, praticaram o crime entre as 11h e as 13h44 na rua José Martins, no Vila D’Itália, zona Oeste de Marília. Maicon é sobrinho de Carlos.
Carlos seria devedor da vítima, que teria cobrado dele, motivo pelo qual houve uma discussão e o acusado decidiu matar o entregador, solicitando auxílio de Maicon.
Os dois acusados teriam ido para uma casa desabitada, construída por Carlos e de lá, Maicon teria ligado para o local de trabalho de Eder e pedido a entrega de um marmitex.
Quando a vítima chegou, Maicon teria pedido que ele entrasse no imóvel e deixasse o marmitex no balcão. Carlos aguardava o entregador escondido atrás do portão em posse de uma marreta.
Assim que a vítima entrou foi surpreendida com várias marretadas na cabeça. Na sequência, a dupla teria colocado o corpo junto com seus pertences no carro de Carlos.
Maicon teria levado a moto do entregador até a rua Doutor João de Abreu Sampaio Vidal e a abandonado em frente a um terreno baldio com as chaves no contato.
Em seguida eles levaram o corpo até o distrito de Jafa (aproximadamente 27 quilômetros de Marília), onde teriam ocultado o cadáver em uma vala.
Na volta para Marília, Maicon dispensou os pertences de Eder e o celular dele na estrada vicinal Ribeirão das Graças a pedido de Carlos.
Maicon foi preso no dia do crime pela Delegacia de Investigações Especiais (DIG), confessou a participação, indicou onde estava o corpo e também que tinha sido seu tio quem cometeu o assassinato.
Ele foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado (motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver.
Comparsa
Carlos ficou foragido por mais de um ano após o crime. Ele foi preso em 6 de junho de 2018, em Barão de Lucena, distrito de Nova Esperança, no Paraná.
Em março deste ano a Justiça de Marília negou o pedido de liberdade. Ele segue na Penitenciária de Marília aguardando julgamento.