Tratamento de esgoto em Marília é dividido em sete etapas
O tratamento de esgoto em Marília é dividido em sete etapas que devolvem a água para o meio ambiente com uma pureza de 99%. O líquido não é considerado potável, ou seja, próprio para o consumo direto, mas pode ser aplicado como reuso.
Isso significa que a água tratada é boa para lavagem de vias e praças públicas, irrigação, ou pronta para ser devolvida aos rios e córregos, sem poluir o meio ambiente ou provocar qualquer tipo de degradação.
A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Palmital, que foi inaugurada ontem (11), tem capacidade para tratar 487 litros de esgoto por segundo, o equivalente a 30% do que é produzido na cidade. São atendidos moradores das zonas Leste e Norte.
A estrutura é composta por duas grandes lagoas de aeração, medindo cada uma 133 metros de comprimento por 77,4 metros de largura e profundidade de cinco metros.
Na ETE existem outras quatro lagoas de decantação, com 133 metros de comprimento por 7 metros de largura.
Etapas
- A primeira fase do tratamento é chamada ‘gradeamento’. O esgoto que vem das residências contém em média 1% de matéria orgânica e 99% de água. O passo inicial envolve a retenção de materiais grosseiros, como lixo, em um sistema formado por grades.
- Em seguida é realizada a ‘desarenação’. Em uma caixa de areia mecanizada, é feita a remoção dos sólidos presentes no esgoto, como areia, pedras, e detritos sólidos de pequeno tamanho, que passaram pelo gradeamento.
- A terceira etapa envolve a ‘geração de ar difuso’. Três geradores produzem o ar que pode chegar a 100ºC e é injetado nas lagoas de aeração em alta pressão. O procedimento potencializa a proliferação de microrganismos que consumem a matéria orgânica.
- A quarta fase ocorre nas lagoas de aeração, já sem sólidos visíveis. Ali o esgoto é exposto à ação de microrganismos que condensam em flocos a matéria orgânica, que até então estava dissolvida. É verificada a quantidade de ar para a flotação das partículas e feita a separação da água dos flocos.
- O quinto passo acontece em outro tipo de lagoa, de decantação. Após o tratamento biológico, o líquido resultante do processo é submetido a um processo em que os flocos formados vão para o fundo, formando o lodo. A parte líquida fica livre de impurezas.
- O sexto momento envolve o leito de secagem, em que o lodo produzido é retirado do fundo das lagoas, desidratado, colocado para secar no leito de secagem e posteriormente será transportado para um aterro sanitário especializado. O material pode ser utilizado em diversas aplicações, desde a construção civil até adubo.
- Por último, ocorre a devolução do esgoto tratado aos mananciais, já sem causar danos ao meio ambiente.