Transporte: sem acordo salarial, motoristas declaram greve em Marília
Os motoristas e cobradores de ônibus de Marília estão em greve. Depois de várias rodadas de negociação entre representantes dos trabalhadores e das duas empresas de ônibus de Marília, nada de acordo.
Leia a nota integral que o sindicato soltou para a população:
Depois de várias rodadas de negociações com representantes das empresas de ônibus Grande Marília e Viação Sorriso, o setor patronal continua desmerecendo a nossa categoria de trabalhadores e negando um reajuste digno.
Participamos ontem (11) de uma mesa redonda na Delegacia do Ministério do Trabalho com representantes das duas empresas de ônibus, onde mais uma vez saímos sem uma possibilidade real de acordo.
O índice de reajuste oferecido pelas duas empresas de ônibus é de repor as perdas inflacionárias baseado no índice INPC/IBGE de 5,82%, mais 1% de aumento real.
Nossa categoria unida observa a proposta como um afronte aos nossos motoristas, cobradores e suas famílias que dependem diretamente dessa renda para sobreviver.
Diante do fracasso e desrespeito do setor patronal com nosso Sindicato e trabalhadores, só restara a nossa categoria declarar ESTADO DE GREVE. Estamos unidos contra a intransigência patronal em negar um reajuste digno aos nossos trabalhadores e suas famílias.
Gostaríamos de salientar ainda, que nossa categoria tem total consciência do seu papel no dia a dia dos trabalhadores, estudantes, aposentados, entre outras pessoas que dependem diretamente do transporte público oferecido pelas empresas Viação Sorriso e Grande Marília.
Respeitamos você usuário do transporte público e com certeza sabemos dos transtornos causados por uma GREVE. Sabemos também, que muitos de vocês são trabalhadores e que seu salário muitas vezes é insuficiente para dar uma condição de vida digna a suas famílias.
Lembramos ainda, que o transporte público de Marília teve sua tarifa de ônibus reajustada nesse ano de R$2,15 para R$2,50, um reajuste de 16%.
Até o momento nosso Sindicato e os seus trabalhadores foram flexíveis aceitando 10% de reajuste, ao invés dos 16% reivindicado no inicio da negociação. É justo, um cobrador ter como salário R$872,00 e um motorista R$1.308,00?
Estamos unidos e temos certeza da consciência e apoio da sociedade em defesa dos trabalhadores da nossa cidade.