Transição é mantida e comércio fica aberto até maio
O comércio vai permanecer aberto na primeira semana de maio, com a prorrogação da fase de transição no Plano São Paulo, conforme anúncio feito, no início da tarde desta quarta-feira (28), pelo governador João Doria (PSDB). A decisão foi recebida com alívio pelos comerciantes, às vésperas do Dia das Mães.
A prorrogação garante a vigência das atuais regras pelo menos até o dia 9 de maio. A justificativa é o recuo gradual de indicadores de casos, internações e mortes por Covid-19.
O governo paulista fixou horário estendido, das 6h às 20h, para atendimento presencial limitado, com até 25% de capacidade, em comércios e serviços não essenciais.
A medida pode ter impacto nas compras de presentes, já que a regra aplicada até agora determinava início das atividades às 11h (em Marília, o início é às 9h) e término às 19h no Estado – duas horas mais cedo na cidade, por decisão do comércio local e da Prefeitura.
“Damos assim a continuidade gradual e segura de abertura da economia de São Paulo para recuperar empregos e dar oportunidades aos brasileiros do nosso Estado, de terem acesso a renda, salário e dignidade em suas vidas”, afirmou o governador.
Doria disse ainda que “estamos evoluindo, mas não liberando”. Ele pediu também que as pessoas cumpram as regras sanitárias, “para a proteção da própria vida e dos familiares”.
FIM DE SEMANA
O horário estendido, das 6h às 20h, anunciado nesta quarta-feira (28), vale já a partir deste sábado (1º) para estabelecimentos comerciais em geral, galerias e shoppings.
O mesmo expediente pode ser seguido por serviços como restaurantes e similares, salões de beleza, barbearias, academias, clubes e espaços culturais como cinemas, teatros e museus. Contudo, até esta sexta-feira (30), segue em vigor o horário atual, das 11h às 19h.
IMPASSE LOCAL
Marília, porém, vive uma situação mais complexa com relação ao funcionamento no sábado. Conforme mostrou o Marília Notícia, o Sindicato dos Empegados no Comércio divulgou nota para reforçar que fará cumprir a Convenção Coletiva, assinada com o sindicato patronal, que impede as empresas de contar com seus funcionários no Dia Mundial do Trabalho.
Para a maioria dos feriados, o acordo prevê compensações. Porém, para o Natal, Ano Novo e 1º de maio, o documento é claro em estabelecer o veto ao trabalho.
Com base no documento, a entidade sindical dos trabalhadores, presidida por Mário Herrera, ameaça fiscalizar e pedir que o Ministério do Trabalho multe quem descumprir a Convenção.
O sindicato que representa os lojistas na cidade (Sincomércio) classificou a postura como “lamentável” e afirmou ter esgotado as negociações.
Diante da grave situação econômica e a expectativa de vendas no feriado, é possível que parte das lojas abram no sábado – contrariando o sindicato.
O enfrentamento não é orientado pelas entidades patronais, mas tem apoio declarado da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), que promete suporte jurídico a quem for notificado por abertura irregular.