Trabalhadores das indústrias de alimentos podem entrar em greve
Os trabalhadores das indústrias de alimentação em Marília, Ourinhos e Santa Cruz do Rio Pardo podem cruzar os braços a partir do dia 30 deste mês, segundo comunicado de estado de greve divulgado nesta segunda-feira (23) pelos sindicatos da categoria.
O informe é assinado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins de Marília e Região (Stiam) e pela Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Estado de São Paulo (Fetiasp).
As entidades argumentam terem sido “infrutíferas as tentativas de negociação salarial e da ineficácia por parte do setor patronal” e que, ao menos por ora, as atividades podem ser paralisadas a partir do dia 30 “a qualquer momento”.
A paralisação é referente aos trabalhadores de empresas produtoras de massas, biscoitos, cacau e balas. Apenas em Marília, essa categoria emprega cerca de 7 mil funcionários, distribuídos em grandes, médias e pequenas indústrias.
“Buscamos o reajuste da inflação, mais o crescimento econômico do PIB (Produto Interno Bruto) de 2022”, afirmou o presidente do Stiam, Wilson Vidoto Manzon. “O sindicato patronal não marca reunião para negociação desde setembro”, afirmou.
Na prática, o sindicato pede 6,25% de reajuste, considerando os 4,06% acumulados em 12 meses pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), indexador utilizado na negociação, mais 2,19% referente ao PIB.
O Stiam informou estar em negociação com o Sindicato da Indústria de Massas Alimentícias e Biscoitos no Estado de São Paulo (Simabesp), o Sindicato da Indústria de Produtos de Cacau, Chocolates, Balas e Derivados do Estado de São Paulo (Sicab) e a Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (Abis).
Procuradas pelo Marília Notícia, as entidades patronais não haviam se manifestado até o momento desta publicação. Caso respondam, este texto será atualizado.