Terapeuta emociona internautas ao dançar com idosa no HC
A iniciativa de um terapeuta ocupacional do Hospital das Clínicas (HC) de Marília, que usou a música e a dança para acalmar uma idosa de 84 anos, às vésperas de uma cirurgia, comoveu familiares e chamou a atenção nas redes sociais. A idosa tem Mal de Alzheimer e estava ansiosa devido a internação.
A dona de casa Tereza de Jesus Plaza foi internada para a retirada de uma das mamas, devido a um câncer. A comerciária Carla Plaza, neta da idosa, conta que a avó tem momentos de desorientação e não estava reagindo bem à internação.
“Ela não consegue mais entender as situações, tanto que ela não entendia o porquê estava ali, sempre pedindo para ir embora”, relata Carla.
Para acalmar a paciente, o terapeuta ocupacional Gabriel de Araújo Fregolente, residente no HC, conversou com ela e descobriu que a idosa gostava de dançar. Então, ele perguntou para uma filha durante a visita sobre as músicas favoritas.
O profissional colocou o som e, literalmente, tirou Dona Terezinha para dançar. Com passos meio tímidos, Gabriel fez o básico e deixou a paciente se descontrair.
Carla Plaza relata que viu o vídeo gravado pela tia no grupo da família e resolveu fazer a postagem em suas redes sociais, como uma maneira de agradecer ao profissional pela atitude.
“Foi um ato extremamente humano. Ele pode não ter ideia, mas com certeza isso, para ela, naquele momento, foi extremamente significativo”, disse a neta.
Carla relata que dona Terezinha dedicou à vida aos cuidados com a família. Sempre foi uma pessoa muito ativa e dançar era a coisa que ela mais gostava. “Ele (Gabriel) foi um amigo que minha avó precisava naquele momento, mesmo que ela não compreendesse muito”.
A maioria dos familiares da paciente conheceram o terapeuta ocupacional pelas redes sociais. A interação rendeu centenas de compartilhamentos e milhares de curtidas.
Gabriel explicou que a iniciativa faz parte da profissão. Segundo ele, os profissionais da área têm como missão usar as ferramentas possíveis, para minimizar o impacto da hospitalização.
“Para mim enquanto residente de Terapia Ocupacional, receber relatos de pacientes e demais membros da equipe é extremamente gratificante. Assim, favoreço o reconhecimento quanto a atuação do TO em contextos hospitalares”, disse.