Tendas de escolas viram polêmica antes do Enem
As tradicionais tendas de escolas particulares na entrada do local de aplicação do Enem foram motivo de polêmica com a administração municipal durante o final de semana em Marília. No domingo (12) milhares de alunos fizeram o segundo dia da prova.
Na semana passada, primeiro dia de prova, as tendas puderam ficar normalmente na calçada da avenida Hygino Muzzi Filho – o exame é aplicado na Unimar, que fica naquela via, e em outro ponto com menos alunos.
Nas tendas são distribuídas garrafas de água, canetas e alimentos leves, como apoio aos alunos. Na última sexta-feira (10) as escolas foram notificadas pela administração municipal de que não poderiam mais utilizar o passeio público.
“A proibição de barracas foi somente no passeio público (calçadas) e ela se deu por conta de uma notificação da organização do ENEM alegando que alguns alunos reclamaram de obstrução de passagem”, informou a prefeitura ao Marília Notícia.
A decisão repercutiu nas redes sociais entre sexta-feira e sábado. Representantes dos estabelecimentos privados de ensino não gostaram da proibição, mas tomaram medidas para instalar as tendas nas redondezas em conformidade com o determinado.
O coordenador do Colégio Interação, Alessandro Furlaneti, conta que no sábado de noite instalou a tenda da escola em um estacionamento próximo.
“No domingo, antes da prova, começou um tráfego intenso de alunos pela avenida, que é muito movimentada. Algumas escolas montaram sua estrutura do outro lado da via e as pessoas estavam em risco”, conta.
Voltou atrás
De acordo com a Prefeitura, “no domingo, 4 horas antes da prova, analisando a situação, os agentes da Emdurb (Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional de Marília) juntamente com os fiscais da Prefeitura resolveram fechar a rua em frente a Unimar, autorizando as barracas ficarem na via pública, resolvendo a questão”.
No entanto, Furlaneti afirma que a situação ficou caótica antes de ser resolvida. “A Prefeitura saiu dizendo que resolveu tudo rapidamente e ficou tudo bem, mas a verdade é que houve muito constrangimento por parte das escolas”.
Funcionários de outras instituições privadas de ensino também reclamaram da confusão, mas acabaram comemorando o fechamento da rua durante a prova – algo que nunca tinha sido feito.