Temer aumenta lista de concessões para o próximo governo
A equipe responsável pela Secretaria do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) selecionou uma série de novos projetos de aeroportos, portos, rodovias e ferrovias que vão compor a lista de empreendimentos que serão concedidos à iniciativa privada na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Os projetos são endossados pelo futuro ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
A carteira do PPI para Bolsonaro já contemplava uma série de leilões com datas marcadas. Nesta sexta-feira, 30, serão publicados os editais das concessões da Ferrovia Norte-Sul, de 12 aeroportos e de 4 terminais portuários. A expectativa é que o novo governo consiga concluir até 24 concessões nos primeiros cem dias.
Além desses leilões, o PPI deve incluir outros projetos no plano de concessões disponível para o novo governo, incluindo a oferta de um bloco de dez aeroportos do Sul, entre os quais os terminais paranaenses de Curitiba, Foz do Iguaçu e Londrina. O plano é oferecer o bloco de uma só vez, como ocorrerá no primeiro trimestre do ano que vem com os 12 terminais das Regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste.
No setor portuário, o plano é incluir 17 novos terminais para concessão. Na área de rodovias, uma das novas prioridades será a concessão do eixo que liga as Rodovias BR-381 e BR-262, saindo de Belo Horizonte e avançando até a divisa com Espírito Santo, trecho de 485 quilômetros de extensão. Na área de ferrovias, as atenções se voltarão para as concessões da Ferrogrão e da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste, ambas voltadas para o escoamento agrícola de Mato Grosso.
O desenho atual feito pela equipe de transição de Bolsonaro coloca a Secretaria do PPI debaixo do Secretaria de Governo, que será comandada pelo general de divisão Carlos Alberto dos Santos Cruz.
A secretaria deve seguir nas mãos do secretário especial Adalberto Santos de Vasconcelos, que tem trabalhado diretamente com Freitas na elaboração e execução do programa.
Com a chegada de Freitas na Infraestrutura, a expectativa do mercado é que as concessões de ferrovias, uma de suas prioridades, vão ganhar força. O novo ministro é um defensor ferrenho do projeto da Ferrogrão, que chegou a ser olhado com certa desconfiança pela equipe de transição de Bolsonaro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.