Surto de covid, dengue e síndromes gripais complica pediatria em Marília
O surto de covid e dengue em Marília, principalmente entre crianças, gerou um alerta para os setores de pediatria do Hospital Beneficente Unimar (HBU), Hospital das Clínicas (HC) e Santa Casa. As unidades hospitalares chegaram a atingir 100% das ocupações nesta última terça-feira (7).
Segundo a Vigilância Epidemiológica, até a data, foram notificados 1.024 casos de covid, com 13 óbitos, e 5.991 registros de dengue, com 11 mortes. Outras síndromes respiratórias registraram 57 casos no total.
O Departamento de Atenção à Saúde Materno Infantil do HC informou que, na terça, o setor estava com nove pacientes respiratórios no pronto-socorro e quatro na enfermaria do setor de pediatria. “No caso, alguns são suspeitos de covid e sincicial respiratório, necessitando de isolamento. Na enfermaria ainda temos um paciente com suspeita de dengue. Nenhum paciente precisou ser remanejado para outro hospital”, esclareceu a assessoria.
Já a diretoria da Associação Beneficente Hospital Universitário (ABHU) – gestora do Hospital Beneficente Unimar (HBU) – informou que está trabalhando com 100% da lotação dos leitos de pediatria disponíveis, que são pactuados com o município até setembro de 2024.
“Hoje de manhã [dia 7], quatro crianças aguardam vagas em hospitais na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da zona norte e três no Pronto Atendimento (PA) da região sul. Todas com sintomas de Síndrome Respiratoria Aguda Grave (Srag)”, afirmou a assessoria de imprensa.
Na Santa Casa de Marília, um aumento expressivo de síndrome respiratória aguda em crianças foi registrado principalmente no pronto atendimento – cerca de 35% a mais, se comparado ao mesmo período de 2023.
“Existem 12 leitos de enfermaria pediátrica, seis leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica e quatro leitos de UTI neonatal para atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) e Saúde Suplementar na Santa Casa de Marília. A maioria dos pacientes é de Marília”, confirmou a assessoria.
No momento, a Santa Casa não tem como aumentar espaço físico para mais internações, pois está no limite. “As recomendações são: procurar o serviço médico primário (consultórios, clínicas, UBS ou ESF) para o primeiro atendimento. Mantendo sintomas, procurar as unidades de atendimento emergencial da rede pública ou privada”, ressaltou o hospital em nota.
Ainda conforme a assessoria da Santa Casa, a diferenciação de casos se dá somente com exames laboratoriais específicos (covid, influenza e vírus sincicial respiratório). “Todos têm transmissão inter-humana, por via respiratória”, concluiu.