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Polícia
qua. 09 mar. 2022

Vítima não quer participar de reconstituição devido ameaça

por Marcelo Moriyama

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da Polícia Civil em Marília realiza nesta quinta-feira, dia 10, a partir das 9h30, a reconstituição simulada do crime que levou à morte o funileiro Daniel Luís da Silva de Carvalho, de 29 anos, ocorrido em 19 de junho de 2021, em frente a uma oficina mecânica localizada na Via Expressa da avenida Sampaio Vidal, zona Sul da cidade.

Das três testemunhas do fato notificadas para a simulação, duas não devem participar. Quem fez os disparos, o policial militar Cláudio Monteiro de Moraes, já havia se recusado em dezembro a participar. Agora o outro funileiro envolvido, um homem de 50 anos, também pode não participar. Ele protocolou na terça-feira (8) pedido para não comparecer, alegando ameaça de morte, entre outras justificativas.

A DIG, entretanto, confirma a realização da simulação, que é um importante exame de corpo de delito complementar, facultativo, mas destinado a verificar a viabilidade de um determinado fato. A informação é de que as testemunhas foram notificadas a comparecer e somente após o não comparecimento é que a Polícia Civil irá deliberar sobre como proceder.

O homem de 50 anos é arrolado como vítima no inquérito, pois foi ferido com uma faca por Daniel Luís da Silva de Carvalho após ambos discutirem na frente da oficina. O PM que matou Daniel estaria de folga, à paisana, quando testemunhou o ocorrido e ao intervir na tentativa de homicídio acabou disparando e matando Carvalho com três tiros de revólver. Uma terceira pessoa também foi testemunha do ocorrido e deve participar da simulação.

A testemunha e vítima, citada no começo do texto, para não participar, alega que está morando fora de Marília e está muito abalado psicologicamente por conta da história. Ele também fala que teria recebido ameaça de morte por parte do pai de Daniel e que por ter família residindo no município, teme a exposição.

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) pediu a reconstituição da morte de Daniel após a Polícia Civil apresentar o inquérito policial. A Promotoria entende que ainda restam diligências a serem efetuadas para melhor esclarecimento dos fatos.

O MP também requer que a esposa de Daniel seja ouvida novamente. O objetivo é esclarecer o fato de não estarem registradas as ligações recebidas pela vítima – da testemunha/vítima e do PM – no laudo do exame do celular que passou por perícia. Telefonemas teriam sido feitos pouco antes do fato.

Também houve solicitação para que a Polícia Civil apresente o laudo pericial feito no aparelho celular do homem de 50 anos. Importante ressaltar que o policial militar não foi indiciado no relatório de investigação feito pela Polícia Civil. O PM alega legítima defesa de terceiro. Ele afirma que estava no local para reparo do veículo do irmão, que tinha sofrido um acidente, e acabou presenciando a confusão, sendo necessária intervenção com tiros para evitar a morte da vítima inicial.

Polícia no local do crime (Foto: Daniela Casale/Marília Notícia)

 

CASO

Segundo o Boletim de Ocorrência, o policial militar de folga, que trabalhou por muitos anos na Rocam em Marília, mas atualmente presta serviço em São Paulo, teria relatado que havia levado a van de seu irmão ao local, uma oficina, e estava à paisana.

Segundo sua versão, Daniel teria chegado no estabelecimento discutindo com a vítima. Pouco depois saiu irritado e retornou, iniciando nova discussão.

Em determinado momento, de acordo com a versão do policial, Daniel retirou uma faca da cintura e passou a golpear a vítima. O sargento, que estava de folga, teria gritado “parado, polícia” e desferido um disparo de sua arma particular contra Daniel quando ele não obedeceu a ordem.

Ainda conforme a versão do PM, o funileiro não parou as agressões, sendo necessário mais dois disparos.

Daniel teria saído correndo com a faca na mão e caído em frente de uma igreja. O policial de folga ligou para outro PM, que informou o Copom sobre o fato, e acionou o socorro.

Uma testemunha confirmou a versão do policial, afirmando que presenciou a briga de Daniel com o dono do estabelecimento por duas vezes.

Conforme a testemunha, ambos se ofenderam durante a discussão e Daniel saiu do local, voltando armado com uma faca. Eles discutiram de novo, até o rapaz golpear a vítima com a arma branca.

A testemunha narrou que em dado momento, Daniel quase se ajoelhou para dar a facada na região do abdômen, e então foi possível ouvir três tiros. Em seguida o agressor foi visto saindo correndo com a faca na mão e caindo na calçada.

Após os fatos, a testemunha tomou conhecimento que os tiros tinham sido dados por um policial de folga.

A perícia esteve no local e foram recolhidos o celular do dono da oficina e o revólver do sargento, com duas munições intactas e três deflagradas.

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