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Entrevista da Semana
dom. 10 mar. 2024
ENTREVISTA DA SEMANA

‘Sou pré-candidato a prefeito sim, estamos no páreo’, diz Rogerinho

Rogerinho sonha com cargo de prefeito, mas deve ser pragmático em alianças e diz respeitar o partido.
por Gustavo César
Rogerinho foi o vereador mais votado nas eleições municipais de 2020 (Foto: Divulgação)

“Um bom prefeito precisa passar pela Câmara Municipal. Quem conhece a mecânica da Casa de Leis, entende o processo político e pode ter sucesso na administração da cidade.”

É assim que o atual vereador Rogério Alexandre da Graça (PP), de 44 anos, popularmente conhecido como Rogerinho, pretende alçar voos maiores dentro da política mariliense.

Rogerinho nasceu no distrito de Avencas, no dia 4 de março de 1980. É casado com Fabiana, com quem tem uma filha, a Laura.

Com formação superior em Gestão Pública pela Faculdade Anhanguera, Rogerinho teve uma juventude de bastante trabalho, passou por diversos desafios ao longo da vida e obteve êxito no ramo da administração de empresas logo cedo.

Na política, ocupou cargos de gestão em autarquias e secretarias da Prefeitura de Marília, sendo requisitado no governo de vários prefeitos diferentes pela experiência com o serviço público.

Ao disputar sua primeira eleição para vereador, em 2020, uma surpresa: foi o mais votado com 2.864 votos pelo PP. A expressão política fez Rogério, filho de Antonio Pereira da Graça e Nair Alexandre da Graça, de família simples, sonhar que é possível chegar ao cargo máximo da esfera pública municipal: o de prefeito.

Rogerinho é bem visto por alguns setores em Marília por sua experiência e capacidade de articulação. Ele tem visitado insistentemente líderes e grandes empresários da cidade, mas ainda se alia e diz ser amigo de figuras com má reputação no município, como o presidente da Câmara Eduardo Nascimento, denunciado por supostos casos de corrupção, e o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli.

Confira a entrevista na íntegra.

**

MN – Antes de um bom articulador político, Rogerinho teve uma infância. Como foi esta fase de sua vida?

ROGERINHO – Nasci em um sítio em Avencas, localizado na estrada rural. Meu pai tinha uma pequena propriedade ali, onde trabalhou com outras famílias, como a família Toffoli. Cheguei a Marília aos oito anos de idade e estudei na escola Waldemar Moniz da Rocha Barros, no bairro Vila Nova. Somos em seis irmãos. Conclui meus estudos no colégio Interativo e na sequência veio a formação de ensino superior. Hoje, sou casado com a Fabiana e tenho uma filha, a Laura, de 12 anos.

MN – Quais foram seus primeiros empregos?

ROGERINHO – Trabalhei com 11 anos como entregador de jornal da cidade e depois na distribuidora da revista Capricho. Fiz curso de chaveiro e trabalhei na área por um tempo. Prestei serviço para a Porto Seguro, que atendia Marília, São Paulo e Paraná. Fiquei um tempo fora e quando retornei, ingressei no serviço público em 2004, num cargo na Secretaria de Meio Ambiente.

MN – Você trabalhou com diversos prefeitos?

ROGERINHO – Sim. Trabalhei no ano de 2004 com o Bulgareli e em 2008 ocupei um cargo na Câmara. Em seguida, fui para o Departamento de Água e Esgoto de Marília (Daem), junto com o Ticiano Toffoli. Passei pela Empresa de Mobilidade Urbana de Marília (Emdurb) e também Companhia de Desenvolvimento Econômico de Marília (Codemar), na gestão do Vinícius Camarinha e no primeiro mandato do Daniel Alonso, além do Gabinete do Prefeito, no governo Toffoli. Ocupei ainda um cargo na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e na assessoria da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

Rogerinho cumprimenta seu amigo, senador Ciro Nogueira, ex-ministro de Bolsonaro (Foto: Divulgação)

MN – O PP fez duas cadeiras em 2020 – a sua e do Elio Ajeka. Você esperava ser o mais votado?

ROGERINHO – Não esperava ser o mais votado, mas tinha convicção do bom trabalho desenvolvido e a expectativa era de uma boa votação sim. Calculava que eu teria de 1,8 mil a 2 mil votos, porque já tínhamos um vereador em mandato no partido, que era o João do Bar, e a gente esperava que ele seria o mais votado da legenda. Achei que eu ou o Ajeka íamos disputar a segunda cadeira na ocasião, mas fomos surpreendidos. Pelo meu trabalho ao longo dos anos, dentro do funcionalismo público, obtive credibilidade no meio político. Fui bem votado em Rosália, distrito que tenho um bom relacionamento com os moradores, além da minha terra natal, Avencas.

MN – Como é sua relação política com as alas esquerda e direita? O diálogo é o melhor caminho em vez de conflitos de desrespeito?

ROGERINHO – Olha, tenho ótima relação com os governos Lula, na presidência, e Tarcísio, no Estado. Também tive trânsito livre na época do Bolsonaro. Sempre penso no bem da nossa cidade. Marília em primeiro lugar. Recentemente, estive no Ministério da Saúde, onde articulei um recurso de R$ 3 milhões para a clínica Aconchego, ao lado do Hospital Espírita de Marília (HEM), proporcionando reformas e compra de equipamentos.

Conseguimos mais leitos para a cidade, reforçando o atendimento da Santa Casa, e outras emendas parlamentares através do deputado federal Maurício Neves, que foi bem votado em Marília e está ajudando o Educandário, Associação Amor de Mãe, Espaço Potencial e hospitais, além de recursos para o recapeamento das ruas e avenidas. Uso minha influência política dentro do PP para ajudar nosso município. Tenho ótima relação de amizade com o ministro mariliense José Antonio Dias Toffoli, não é novidade para ninguém, todo mundo sabe. Tem uma ala no meu partido, por exemplo, que é bolsonarista e que apoia o Tarcísio. Sem problemas, nossas lideranças nacionais querem o bem do Brasil. Aposto no diálogo sempre.

MN – Por falar em lideranças, o PP realizou o “Capacita 11” aqui em Marília, com a presença de autoridades da região e do Brasil?

ROGERINHO – Este evento foi uma capacitação para todos nossos pré-candidatos de Marília e região. E abrimos para outros partidos participarem também, democraticamente. A nossa força política local trouxe para esta capacitação o senador Ciro Nogueira (presidente nacional do PP), o deputado Maurício Neves (presidente estadual) e prefeitos, presidentes de Câmara e vereadores da região. Animamos nossos pré-candidatos para as eleições deste ano. Vamos vir fortes e queremos eleger de dois a três vereadores dentro das 17 cadeiras do Legislativo de Marília a partir de 2025.

Evento ‘Capacita 11’ aconteceu no Alves Hotel em Marília (Foto: Divulgação)

MN – O PP tem feito pesquisas na cidade? Quem vai vencer as eleições em Marília: esquerda ou direita?

ROGERINHO – Realizamos algumas pesquisas e continuamos ouvindo a população sobre o perfil de candidato que vem sendo almejado. A gente sabe que é difícil uma composição da esquerda com a direita. Tenho boa relação com o PT de Marília e pretendo ouvi-los, tudo é possível dentro do diálogo. Os maiores apoiadores do Bolsonaro e do Tarcísio estão no PP. Assim como o Tarcísio fez uma reunião com o presidente Lula, também quero ouvir as lideranças locais do PT. Vamos construir o melhor para Marília, para o bem de todos.

MN – O Vinícius Camarinha te procurou para uma aliança com o PP?

ROGERINHO – Sim, me ligou, mas como ele tem muitos compromissos em São Paulo, ainda não conseguimos nos encontrar e ajustar um horário para conversarmos. Tive uma pré-conversa com o prefeito Daniel Alonso e estamos engrossando estes diálogos com os partidos e lideranças. E com o atual presidente da Câmara, Eduardo Nascimento, ainda não conversei sobre as eleições municipais.

MN – Você era o principal nome para assumir a Presidência da Câmara e tudo indicava que ia ganhar em 2022. Por que desistiu? Ou foi estratégico?

ROGERINHO – Na realidade eu era sim candidato, mas foi feito um estudo e cheguei à conclusão que haveria um empate na votação entre os vereadores. Como o vereador Júnior Moraes era o indicado pelo grupo da situação e eu seria seu concorrente direto, eu perderia para ele pelo fato da idade. No regimento da Casa de Leis, em caso de empate numa eleição para presidência, o parlamentar mais velho assume. Então, rapidamente, trocamos pelo Eduardo Nascimento, momentos antes da votação, e realmente deu empate, mas o Eduardo é mais velho que o Júnior. O Nascimento é meu amigo e manifestei meu apoio à ele, sem problemas. Isto gerou um conflito sim com o governo, porém, continuamos o diálogo com o prefeito Daniel Alonso.

MN – Você é pré-candidato a prefeito pelo PP?

ROGERINHO – Temos muitos pré-candidatos que ainda não definiram suas alianças, porque a janela partidária começa agora em março. Podemos dizer que quem estiver filiado em partido estará apto para disputar as eleições. A oposição fala no nome do Vinícius Camarinha e a situação ainda não definiu um nome, oficialmente apoiado pelo prefeito Daniel. No meu caso, sou pré-candidato a prefeito sim. Estamos no páreo. O PP pode me escolher ou o vereador Elio Ajeka também.

Vereador Rogerinho é pré-candidato a prefeito pelo PP em Marília (Foto: Divulgação)

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