Cratera no Centro pode ter sido aberta por obra de novo shopping
O engenheiro civil Fábio Alves de Oliveira, secretário municipal de Obras Públicas, acredita que a responsabilidade pela cratera que foi aberta na avenida Tiradentes, no Centro de Marília, na última sexta-feira (26), seja da construtora encarregada pela obra existente em frente ao local.
O novo Shopping Atenas Prime está sendo construído no terreno e, caso peritos confirmem que o buraco foi consequência da intervenção, os responsáveis pelo empreendimento podem ter que ressarcir a Prefeitura pelos custos dos reparos.
O empresário Fernando Shimizu responde pela obra e, na semana passada, disse ao Marília Notícia que a cratera teria sido provocada pelo rompimento de uma galeria de águas pluviais em decorrência da forte chuva.
Nesta segunda-feira (29), o empreendedor reconheceu que se equivocou ao passar a informação em um primeiro momento. Por outro lado, Shimizu também alegou tratar-se de um problema histórico na região – o que o Poder Público discorda. De acordo com o empresário, há tempos a calçada estava ficando oca.
Segundo o secretário de Obras Públicas de Marília, aquele trecho nunca teve galeria pluvial. As águas das chuvas eram escoadas pela superfície e nunca houve problema parecido. “Antes das escavações da obra, nunca tivemos nenhuma ocorrência do tipo. Estava tudo normal”, garante.
A equipe do MN teve acesso a fotos da obra, que mostram grande acúmulo de água nas escavações. Pessoas ouvidas pelos jornalistas do portal acreditam que pode ter ocorrido infiltração no solo abaixo do asfalto, com a retirada de terra.
Questionado pela reportagem, o gestor da pasta municipal diz ainda que essa pode ser a verdadeira causa da cratera. De acordo com Oliveira, a equipe técnica da pasta esteve no local novamente e estuda o que será feito para resolver a situação o quanto antes. O trânsito no trecho da via está fechado.
Já o responsável pelo futuro Shopping Atenas Prime garante que vai arcar com 50% dos valores necessários para implementação de uma galeria pluvial na via – da rua Carlos Gomes até a Rio Grande do Sul. Shimizu estima custos de ao menos R$ 350 mil.