Servidores municipais fazem centenas de queixas contra banco
O Grupo Santander vem recebendo uma enxurrada de reclamações no Procon de Marília feitas por servidores municipais que alegam práticas abusivas do Banco Olé, especializado em crédito consignado – com desconto direto da folha de pagamento.
Desde o começo do ano foram 443 reclamações registradas contra a instituição financeira, o que levou o Santander a ser o segundo grupo empresarial no ranking local de queixas do órgão de defesa do consumidor.
São 256 casos envolvendo crédito consignado, 104 sobre contrato (não cumprimento, alteração, transferência, irregularidade, rescisão) e 74 de cobrança indevida.
O índice de resolução dos atendimentos envolvendo o grupo também chama a atenção, apenas 11%. É de longe o pior desempenho entre todas as 50 empresas mais reclamadas na cidade.
De acordo com o Procon, diversos servidores vinham tendo descontado apenas uma pequena parte de suas faturas no débito automático e não estavam conseguindo ter acesso aos boletos para pagamento da diferença.
Existem relatos de que o telefone 0800 do banco também estava fora do ar, o que impedia a solicitação dos boletos. A situação fez com que com que surgissem dívidas extremamente elevadas e desproporcionais.
Para piorar, o banco só teria aceitado se reunir com clientes e Procon após determinação do órgão de defesa do consumidor para interrupção dos descontos em conta.
Guilherme de Moraes, responsável pelo Procon de Marília, conta que em alguns casos as dívidas eram inicialmente de R$ 2 mil. “Os clientes já pagaram R$ 8 mil e o banco ainda diz que falta mais R$ 1 mil. Não faz o menor sentido”, comentou.
Outro lado
A reportagem do Marília Notícia procurou a assessoria de imprensa do banco para comentar o problemas, mas não houve retorno até o fechamento desta matéria.