Nova proposta pede 15% de reajuste para os servidores
Em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (1º), os servidores públicos municipais decidiram reduzir o índice de reajuste salarial reivindicado e suspender a decisão de greve por tempo indeterminado. A categoria cobra agora correção de 15% sobre os salários e acréscimo de R$ 200 no vale-alimentação.
Com número de servidores bem menor do que nas paralisações dos dias 22 e 29 de março, o movimento convocado hoje pelo Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos Municipais de Marília (Sindimmar) reuniu os grevistas às 15h em frente ao Paço Municipal. Vale lembrar que o levante desta sexta é apontado como ilegal pela Prefeitura.
Entre as decisões, ficou definido pelos funcionários que o Ato Cívico de 4 de abril – aniversário da cidade – contará com momento de protesto, na tentativa de atrair a atenção das autoridades presentes. Os líderes das manifestações pediram ainda que os servidores tentem convencer colegas que não estão envolvidos na campanha salarial.
No final da manhã, por meio da assessoria, o Sindimmar chegou a divulgar que havia recebido uma contraproposta da Prefeitura. Mas a informação não foi confirmada. Na rodada de negociação que estava prevista para a tarde desta sexta-feira (1º) e acabou antecipada para o final da manhã, não houve avanço.
Fontes da administração municipal reiteraram que o Poder Executivo encaminhou à Câmara uma proposta de reajuste salarial. O índice é de 3%, com acréscimo de R$ 100 no vale-alimentação, atualmente em R$ 420.
Com o feriado na segunda-feira (4), à exceção do ato prometido durante hasteamento das bandeiras, novas decisões ficam adiadas para terça-feira (5). Pouco antes da sessão da Câmara, onde projeto pode ser retirado ou alterado, negociadores da gestão Daniel Alonso (PSDB) devem receber sindicalistas.
Embora mobilizados, servidores sabem do esgotamento do tempo. A lei eleitoral estabelece que reajustes na remuneração para quem ocupa cargo público – para além da recomposição das perdas salariais – estão vedados nos seis meses anteriores às eleições.
Como o primeiro turno deste ano está marcado para 2 de outubro, o Executivo tem até terça-feira (5) para publicar uma lei com índice que extrapole o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).