Servidores da Prefeitura custam em média R$ 21,8 milhões por mês
Entre janeiro e setembro deste ano, a Prefeitura de Marília já gastou R$ 197 milhões (bruto) somente com folha de pagamento dos servidores municipais, sem contar os funcionários da administração indireta, como o Departamento de Água e Esgoto de Marília (Daem), por exemplo.
Isso representa em média um gasto mensal de R$ 21,8 milhões em 2020 até o momento. Já em 2019, a despesa média por mês custou cerca de R$ 400 mil a menos.
Durante todo o ano passado a Prefeitura de Marília destinou R$ 267 milhões para o pagamento de salário do funcionalismo.
De acordo com os dados mais recentes disponíveis, são ao todo 5.248 servidores municipais, entre eles 5.110 efetivos e 110 ocupantes de cargos comissionados – dos quais 10 são funcionários de carreira. Existem ainda 17 servidores regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e um servidor estável pela Constituição Federal.
Dividindo o valor total da folha de pagamento mais recente disponibilizado no Portal da Transparência de Marília, de setembro – R$ 22 milhões – por 5,2 mil servidores, o salário médio recebido é de 4.209,29 (sem descontos).
Segundo audiência pública da Secretaria da Fazenda, entre janeiro e agosto os gastos com folha de pagamento representaram 42,80% das receita líquida corrente, bem abaixo do limite prudencial, que é de 51,30% e do limite máximo, de 54%.
Distribuição por pasta
Com base na folha de pagamento da Prefeitura do nono mês do ano, o que se observa é que a Secretaria da Educação é a pasta que despende maior valor em relação aos salários, concentrando 43,8% das despesas totais – equivalente a R$ 9,6 milhões.
Em seguida, aparece a Secretaria da Saúde, com uma folha que custou R$ 5,3 milhões (24,28%); Secretaria da Administração, com custo de R$ 1,8 milhão (8,35%); Secretaria do Meio Ambiente e Limpeza Pública, com R$ 1,4 milhão (6,56%).
Todas as demais pastas custaram menos de R$ 1 milhão com salários e o Gabinete do prefeito, por exemplo, totalizou R$ 298 mil em salários (1,35%).
Na outra ponta, as pastas que menos custam em relação à folha de pagamento total da Prefeitura são a de Tecnologia da Informação, com R$ 54 mil em salários em setembro (0,25% do total) e a de Direitos Humanos, com custo de R$ 59 mil (0,27%).
Melhores salários
Considerando as pastas que pagam em média os maiores salários brutos – com base na folha de setembro e não na referência salarial – quem aparece disparado é a Procuradoria Geral do Município, com média de R$13.827,16.
Em seguida, vêm a Fazenda, com R$8.547,32; Gabinete do prefeito, R$7.674,55; Planejamento Urbano, R$6.532,09.
Do outro lado, os menores salários brutos médio estão na Secretaria da Educação, com R$3.715,10, e a Assistência Social, com R$3.838,39, em setembro.
Já em relação aos cargos com maiores salários médios brutos em setembro, os procuradores jurídicos são campeões, com vencimentos de R$ R$25.631,16.
Em seguida aparecem fiscais de renda (R$24,7 mil); advogados (R$ 20,4 mil); engenheiros agrônomos (R$ 16,3 mil); e cirurgiã dentista (R$ 14,8 mil).
Já os salários brutos médios mais baixos em setembro foram os cuidadores sociais (R$ 1,9 mil), subprefeitos (R$ 1,9 mil), padeiro (R$ 2 mil), almoxarife (R$ 2,1 mil), auxiliares de desenvolvimento escolar (R$ 2,1 mil) e agentes de controle de endemias.