Servidora municipal suspeita de cumplicidade em estelionato vira alvo da Corregedoria
Uma servidora da Prefeitura de Marília, que trabalhava no Paço Municipal – sede do Poder Executivo – virou alvo de uma sindicância após suspeita de participação no esquema de golpes de financiamentos de veículos. Conforme mostrou o Marília Notícia, o caso veio à tona no início de junho, em meio a uma enxurrada de denúncias.
A servidora teria sido o elo entre algumas vítimas e a principal suspeita do estelionato em série, uma mulher de 37 anos, moradora na zona norte, que se apresentava como agente de crédito.
A lista de funcionários públicos lesados tem nomes do segundo e do terceiro escalão da Prefeitura, incluindo ex-secretários municipais.
A polícia acredita que além dos golpes em si, ou seja, o uso de dados para aprovar financiamentos no nome de pessoas que nunca adquiriram os carros, a golpista também pode ter criado um “esquema de pirâmide”, no qual gratificava intermediários para captar novas vítimas.
Publicação de portaria pela Corregedoria do Município, cita que o órgão recebeu denúncia através da Ouvidoria Geral de Marília, no dia 14 de junho deste ano, apontando que a servidora se envolveu em caso de “suposto estelionato” contra os colegas e que o “assunto é de amplo conhecimento na Prefeitura”.
A apuração será conduzida pela Comissão Permanente de Sindicância que, ao final, poderá apontar a responsabilidade da funcionária. Ela pode ser penalizada com advertência e até exoneração a bem do serviço público.
O CASO
Conforme os registros de ocorrências, a agente de crédito (experiente por empregos no setor financeiro e concessionárias) teria alegado para algumas das vítimas que precisava preencher cadastros, para bater meta de negócios. Seriam meras simulações de financiamento, que depois, segundo ela, seriam cancelados.
Com os dados em mãos, os financiamentos eram efetivamente firmados, mas ninguém recebia carro algum. Em outros casos, as vítimas eram pessoas que buscavam por contratos de consórcio. Confiavam na golpista ou nos intermediários e depois eram surpreendidos com elevados financiamentos.
Muitas pessoas admitiram ter oferecido voluntariamente as informações pessoais – incluindo biometria colhida por aplicativo. As informações coletadas pela “especialista” era supostamente para viabilizar os consórcios ou simular financiamentos, que segundo ela, seriam cancelados.
Os golpes seguem sob apuração policial e devem ter desdobramentos também na Justiça, com enxurrada de ações cíveis das vítimas, para evitar que seus nomes sejam negativados.
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