SAP cometeu irregularidade em fuga, diz sindicato
O Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo) afirma que a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) cometeu irregularidade no caso que culminou com a fuga de preso do Hospital das Clínicas de Marília nos últimos dias.
De acordo com o diretor administrativo da regional da entidade sindical Luciano Novaes Carneiro, agentes penitenciários não podem fazer acompanhamento de presos.
No entanto, de acordo com Carneiro, era exatamente o que estava acontecendo na terça-feira (31) quando o detento José Ricardo Alves Santos, de 29 anos, fugiu.
Um agente penitenciário acompanhava Santos durante sua internação no HC, mas aguardava fora da ala de doenças infecciosas onde o preso estava.
Santos foi preso em 2007 e cumpria pena de 11 anos e 4 meses de prisão e tem longa ficha criminal envolvendo furtos e roubos.
“Não é atribuição dos agentes fazer acompanhamento de preso, não consta isso na legislação. O que acontece é abuso moral nas penitenciárias, onde os agentes são praticamente forçados a fazerem acompanhamento”, denuncia o sindicalista.
De acordo com ele, é importante que os agentes se sindicalizem para que a entidade tenha mais força para lutar por seus direitos.
Após a fuga a Polícia Militar havia sido mobilizada, mas não conseguiu capturar o fugitivo. Até esta sexta-feira (3) o Marília Notícia ainda não havia sido informado de uma possível localização do procurado.
Na ocasião da fuga, a SAP informou que “foi instaurado procedimento apuratório preliminar e disciplinar para elucidação dos fatos, assim como lavrado Boletim de Ocorrência e comunicado o Poder Judiciário. A Corregedoria Administrativa do Sistema Penitenciário abriu uma apuração sobre a ocorrência”.
Questionada sobre os apontamentos do Sindasp na quarta-feira (1), a pasta não respondeu até esta sexta.