Com prédio condenado, Emei Irmão Maurício pode fechar em 2025
A Secretaria Municipal da Educação suspendeu a formação de novas turmas para o ano letivo de 2025 na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Irmão Maurício Deladurantaye, localizada na zona leste de Marília.
A unidade corre o risco de interromper suas atividades por tempo indeterminado ou definitivo por causa do pedido de devolução do prédio feito pela proprietária, a Santa Casa de Misericórdia de Marília.
A Emei fica anexa ao Complexo Ambulatorial do hospital, onde o Educandário Bento de Abreu Sampaio Vidal manteve suas atividades assistenciais a crianças e adolescentes por 56 anos até pedido de devolução pela Santa Casa, em 2013.
Em atividade desde setembro de 2004, a Emei Irmão Maurício Deladurantaye atua como uma creche municipal e atende atualmente mais de 70 crianças com idade de quatro meses a um ano e dois meses.
PRÉDIO CONDENADO
Procurada pelo Marília Notícia, a Santa Casa informou por seu superintendente, Márcio Mielo, que o prédio passou por avaliação técnica e estaria com “muitas rachaduras” e “problema estrutural importante”.
“Precisaria mexer de forma significativa, praticamente reconstruí-lo em uma reforma de seis meses. Está condenado”, afirmou Mielo. Ele negou que a entidade tenha intenção de fechar a unidade escolar.
“A negociação que começou junto com a secretaria e a Prefeitura é de transferência para um lugar maior, seguro e próximo”, disse o superintendente. “Temos vários funcionários com filhos na creche”, frisou.
Em 2020, o prédio passou por reformulação paga pela Prefeitura de Marília. Na ocasião, foram apresentadas reformas em diferentes espaços de convivência, ampliação da construção e melhorias elétricas e hidráulicas.
PRÓXIMA GESTÃO
A Secretaria da Educação confirmou ao MN ter recebido o pedido de devolução do prédio “até 18 de abril de 2025”. “Caberá ao próximo gestor municipal deliberar sobre o encaminhamento da situação”, afirmou.
A pasta diz ainda que o futura administração “poderá locar novo imóvel ou decidir pela absorção dos atuais estudantes da Emei em outras unidades escolares que atualmente compõem a rede educacional do município.”
O MN procurou a futura secretária da Educação, Cilmara Carreiro Piza, apresentada nesta quinta-feira pelo prefeito eleito, o deputado estadual Vinicius Camarinha (PSDB). Ela informou que a situação será estudada em janeiro “com muito carinho”. “Nosso estudo será pautado na busca pela melhor saída juridicamente prevista”, afirmou Piza.