Santa Casa de Marília busca recursos para neurocirurgia em audiência da Alesp

A Santa Casa de Marília solicitou apoio financeiro ao governo estadual para manter o serviço de Neurocirurgia, durante audiência pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), realizada nesta quinta-feira (14) no Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). O pedido foi apresentado pelo primeiro vice-provedor da instituição, Luiz Antônio Orlando, e pelo diretor-administrativo, João Luís Castro Vellucci.
Segundo Orlando, mais de 70% dos procedimentos do hospital são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, em 2024, foram feitas mais de 3,2 mil cirurgias. “Existe a falta de recursos e o nosso hospital tem estrutura para atender as demandas, mas seria uma irresponsabilidade grotesca fazermos isso sem a devida retaguarda financeira”, afirmou.
Vellucci destacou que, desde outubro de 2023, quando o Hospital de Clínicas deixou de oferecer neurocirurgia, a Santa Casa assumiu o serviço, realizando até abril 293 atendimentos, entre casos eletivos — sobretudo oncológicos — e urgências, como traumas cranianos, hemorragias e aneurismas. O déficit mensal, segundo ele, é de R$ 270 mil.

O hospital também reivindicou a compra de um equipamento de ressonância magnética, estimado em R$ 6,5 milhões, e um aparelho de angiografia, avaliado em R$ 3,5 milhões, para procedimentos de hemodinâmica.
Parte dos pacientes necessita de próteses de alto custo e de equipamentos de tecnologia avançada, como neuronavegador e craniótomo, atualmente alugados. A direção alertou que a situação afeta o giro de leitos, reduz cirurgias eletivas do SUS e compromete o equilíbrio financeiro da instituição.