Samu regional começa a operar e atender Garça
Começa a funcionar à zero hora de segunda-feira (9) o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Regional Marília. A primeira “cidade satélite” integrada ao novo sistema de regulação será Garça (distante 35 quilômetros de Marília).
Na sexta-feira (6) está prevista a inauguração da base operacional do Samu na cidade vizinha, que irá operar com uma ambulância – modelo de suporte básico. A população poderá discar 192 para solicitar atendimento, 24 horas por dia.
A ambulância foi entregue à Prefeitura de Garça pelo Ministério da Saúde. Conforme a pactuação entre as cidades participantes da regionalização, cada município vai custear a base, a manutenção e os funcionários: motorista-socorrista e técnico em enfermagem.
Conforme apurou o Marília Notícia, até abril passarão a fazer parte da mesma central os municípios de Pompeia e Oscar Bressane. As duas cidades também já foram contempladas com ambulâncias de suporte básico.
Como vai funcionar
Quando o morador da região ligar, a chamada vai ser atendida em Marília. O médico que faz a regulação (classificação das urgências) vai mediar também os atendimentos das outras três bases.
O especialista em urgência vai orientar os demais profissionais remotamente sobre o atendimento inicial e a remoção de pacientes.
No caso de Garça, os usuários transportados pelo Samu serão levados, necessariamente para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) local. Não haverá locomoção imediata para Marília.
Transferências
Nas decisões sobre transferência de pacientes, o plantonista da UPA e o médico regulador atuarão em conjunto. Nesse caso, uma unidade de suporte avançado de urgência (USA-Regional) será deslocada de Marília para buscar o paciente na cidade vizinha. A manobra não emprega a USA que circula no território do município de Marília.
Além de mais unidades, para o caso de uma grande emergência regional, outra vantagem da integração dos pequenos municípios será a conexão com os hospitais de Marília.
Atualmente, ao se deparar com um paciente com agravo, as prefeituras da região precisam recorrer à Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde do Estado (Cross), à espera de vagas. Com a mediação do Samu Regional, essa espera pode ser abreviada.
Os três municípios cumprem critério do Ministério da Saúde, para manter Samu com única unidade básica. Protocolo do órgão estabelece uma ambulância da modalidade (circulando) para cada 100 mil habitantes.
Justiça
A regionalização do Samu começou como demanda judicial. O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação em 2016, para cobrar que a União liberasse recursos federais para implantação do serviço.
Decisão liminar em 2017 atendeu pedido do órgão. O valor de R$ 212,8 mil, embora previsto em portarias do Ministério da Saúde, estava retido em Brasília e só foi liberado após a intervenção da Procuradoria.
O dinheiro foi liberado à Prefeitura de Marília, para fazer adequações na central visando a regionalização. As obras foram concluídas no ano passado.