Ruas das periferias de Marília seguem à margem da pavimentação eleitoral
Pela segunda vez em menos de um mês, a aposentada Armelinda de Souza Oliveira, moradora do Jardim Califórnia, zona oeste de Marília, solicitou à Prefeitura de Marília que conserte um buraco que se abriu no asfalto em frente à própria casa.
A situação piorou depois que as rodas de um carro afundou no local e precisou ser retirado com apoio de um guincho. “Já vieram tampar esse buraco aí, mas não durou um mês. Espero que alguém venha me ajudar”.
Aos 90 anos, dona Armelinda já não precisa votar desde os 75 e está na periferia, fora da rota de pavimentação asfáltica que passou por ruas e avenidas, dentre as principais da cidade, sobretudo, durante o período pré-eleitoral de outubro.
As obras de pavimentação foram intensificadas durante a campanha, abastecida por um convênio assinado pela Prefeitura de Marília com a Caixa Econômica Federal (CEF), através da liberação de R$ 5 milhões em emendas parlamentares.
Ainda neste contexto eleitoral, a rua Rubens de Abreu Izique, da periferia da zona sul, envolvida há anos em um imbróglio judicial com uma construtora, foi coberta de asfalto pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Marília (Codemar).
A precariedade da conservação de ruas e avenidas continua em outros bairros distantes do maior fluxo de trânsito. No Santa Antonieta, na zona norte, um buraco põe em risco quem trafega por uma confluência de ruas.
O perigo, sinalizado com galhos por moradores, mora ao lado de um poço profundo administrado desde setembro pela RIC Ambiental, concessionária sucessora do Departamento de Água e Esgoto de Marília (Daem).
A responsabilidade pela manutenção da via é da Prefeitura de Marília. Procurada, a administração municipal não havia respondido até esta publicação se haveria, no momento, ao menos alguma operação tapa-buraco na cidade. O espaço segue aberto.
Apesar do recapeamento em avenidas e demais vias arteriais do Centro e dos bairros em todas as zonas da cidade, o candidato do prefeito, Ricardinho Mustafá (PL), acabou derrotado nas urnas de outubro.
O prefeito eleito Vinicius Camarinha (PSDB) incluiu em seu plano de governo o “recape asfáltico em toda a cidade de forma contínua” e a “recuperação e manutenção de espaços públicos”. Ele assume a Prefeitura de Marília em menos de um mês, no dia 1º de janeiro de 2025.