Rock inspira adeptos do estilo musical em Marília
O som da guitarra, da bateria e muita personalidade. Elementos que remetem ao bom e velho rock n’ roll, cujo dia é celebrado neste 13 de julho. Mas o gosto pela música vai muito além do som “pesado” dos metais e pode significar um estilo de vida.
Aliás, com o passar das décadas, o estilo revolucionário inovou não só o mercado musical, como também a cultura mundial, comportamentos e a moda.
A data foi instituída como Dia Mundial do Rock porque marcou a apresentação do Live Aid, em 1985, um megaevento mundial, realizado simultaneamente em Londres (Inglaterra) e na Filadélfia (EUA), pelo fim da fome na Etiópia.
O evento contou com a apresentação de grandes artistas, como como Queen, BB King, Phil Collins, Mick Jagger, Madonna, Keith Richards, Elton John, Paul McCartney, David Bowie, U2 e outros.
PAIXÃO DE FAMÍLIA
Em Marília, Gustavo Feijão, guitarrista e um dos vocais da banda Poderoso Chefão, conta que a paixão pela música vem de berço. “Minha mãe curtia Queen, Beatles, então isso sempre me influenciou. Mas o que me impactou foi quando ouvi Guns n’ Roses na adolescência. Foi algo que mudou minha vida. Sempre gostei muito de cinema e de música, e o rock era minha trilha sonora”, conta.
Aos 25 anos, Feijão decidiu aprender a tocar guitarra e, em 2002, foi para a banda. Paralelamente a isso, também trabalha como professor de história, função que exerce desde 1999. Mas se engana quem acredita que o rock só faz parte do trabalho musical.
“Sempre usei clipes de música como do Pink Floyd, por exemplo, para traduzir momentos da história. Usei músicas de bandas de rock nacionais e internacionais para poder ilustrar minhas aulas. Querendo ou não, acabei influenciando muitos alunos a fazerem faculdade de história ou se tornarem músicos”, lembra.
O estilo musical se tornou inspiração e motivação para viver. “Eu acordo pensando em rock and roll. Não consigo desvincular a minha essência do rock. É como meu oxigênio. No ano passado, quando fiquei internado com Covid, algo que me motivava era pensar em poder voltar a tocar com a minha banda”, destaca Feijão.
ENCONTRO DO ROCK
Rosilene Tesserolli Verceloni Martins, a Leni, e o marido Ricardo Verceloni Martins organizam o Encontro do Rock em Marília há mais de dez anos. O rock os uniu no casamento e no trabalho.
“Nos conhecemos exatamente por ter os mesmos gostos e amigos em comum. O rock não só pra mim, mas para todos os amantes dessa vertente. É estilo de vida, cultura e atitude. Sempre curti na juventude. Tenho um irmão em São Paulo que é vocalista da banda Firebox”, comenta Leni.
Sobre a possibilidade de organizar o Encontro, ela afirma que é uma grande realização: “Eu amo. Além de trabalhar e ouvir o que gosto, tenho a oportunidade de conhecer muitas bandas, não só de Marília, mas de toda a região. Falo por experiência, temos tantas bandas ótimas, que não deixam nada a desejar para essas que fizeram e fazem sucesso até hoje.”
Estilo que veio para ficar, o rock nas mais diferentes vertentes segue ganhando adeptos por todo o mundo. O estilo continua quebrando regras por uma sociedade mais autônoma e menos conservadora, com revolução de pensamento através das mais variadas letras. Ato de resistência é um dos significados deste estilo tão amados por uns e odiado por outros.
Fato é que – amado ou odiado – o bom e velho rock n’ roll esteve, está e vai estar presente no gosto de dezenas de milhares ao longo dos séculos.