Rezende pede abertura de sindicância contra Rizzo Parking
O presidente do Poder Legislativo de Marília, vereador Marcos Rezende (PSD), solicita – por meio de requerimento – a abertura de uma sindicância para investigação de supostas irregularidades e abusos cometidos por parte da Rizzo Parking, concessionária responsável pelo estacionamento rotativo na cidade.
No documento, que deve ser enviado ao prefeito Daniel Alonso (PSDB) e ao presidente da Empresa Municipal de Mobilidade Urbana (Emdurb ), Valdeci Fogaça, o chefe do Legislativo aponta que a empresa estaria estabelecendo metas diárias de cobrança de multa, conforme teria sido divulgado nas redes sociais.
De acordo com o requerimento, que será apreciado pelos vereadores na sessão ordinária da próxima segunda-feira (29), uma funcionária da empresa estaria indignada com a possibilidade de perda da cesta básica, caso não fossem cumpridas as metas impostas pela Rizzo.
Segundo material encaminhado pela assessoria do Legislativo, um portal local de notícias teria publicado uma matéria acompanhada de vídeo, onde aparecem outros dois supostos funcionários da empresa, que abertamente falam sobre o que está sendo chamado de “Indústria da Multa”, com estabelecimento de metas de infrações atribuídas aos colaboradores.
“Conforme relatado no vídeo pelos dois funcionários, a empresa estabelece uma meta diária de R$ 250 a ser atingida e uma mensal de R$ 7 mil, além da exigência de uma cota mínima de cinco multas diárias para cada agente de vendas. Atualmente, a empresa explora o serviço de estacionamento rotativo na cidade, cobrando o custo de R$ 2 por uma hora e R$ 4 por duas horas, havendo uma tolerância de 15 minutos para o usuário utilizar a vaga sem a necessidade de pagamento. Em caso de não ativação do ticket de estacionamento, o usuário é notificado e tem 48 horas para regularizar a situação pagando um valor de R$ 20 (descritas pelo Decreto Municipal 12396/18 como uma antecipação de pagamento de 10 tarifas oficiais vigentes para utilização no próprio sistema)”, explica requerimento protocolado por Rezende.
Caso o usuário não se apresente em 48 horas para regularizar a situação, uma multa de R$ 195,23 será aplicada, além da perda de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). “Sendo assim, requeiro, na forma regimental, após ouvido o Colendo Plenário, que seja encaminhado ofício solicitando ao Executivo a abertura de uma sindicância e investigação”, conclui o presidente no pedido.
OUTRO LADO
Ao Marília Notícia, o diretor de marketing do Grupo Rizzo, Flavio Mello, reitera que a empresa não é responsável pelas aplicações de multa. Confira a íntegra do posicionamento:
“Primeiramente, vale ressaltar que não emitimos multa alguma. Segundo, só é possível uma pessoa receber um aviso de irregularidade após infringir a lei que regulamenta o uso das vagas do Centro.
Mas, obviamente, não existe meta alguma de ‘multas’. Os monitores têm meta de fiscalização de veículos, para garantir que eles fiquem em circulação, assim como tem a meta de venda de tickets para garantir que eles atendam o máximo de pessoas.
Ressalto ainda que nosso sistema é transparente ao Ministério Público, à Prefeitura e à Emdurb, e sempre estaremos de portas abertas para transparecer a quem quiser, qualquer informação.”