Reunião sacramenta doação de área para Famema
Uma reunião realizada nesta segunda-feira (5) na Superintendência do Patrimônio Público da União, em São Paulo, sacramentou a doação de um terreno de 18.660 metros quadrados à Famema (Faculdade de Medicina de Marília). Na área, ao lado do supermercado Tauste, deve ser construída uma estrutura para concentrar todo atendimento ambulatorial da instituição.
Após um intenso trabalho da nova diretoria da Famema, grandes esforços da Famar (fundação que apoia a Faculdade de Medicina) e apoio político em todas as esferas (federal, estadual e municipal), o sonho de ampliar a estrutura está cada vez mais perto da realidade.
A expectativa é que a unidade que deve ser erguida ali possa dobrar a capacidade de atendimento hospitalar. Uma unidade central da Famema também fará parte do projeto.
No entanto ainda não está definido exatamente quando o projeto, que deve ser realizado em etapas, sai do papel. Existe grande mobilização nesse sentido na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e no Palácio dos Bandeirantes.
“Nós consolidamos a questão da doação da União para a Famema naquela área ao lado do Tauste. Ali ficará uma parte para a Escola de Qualificação Profissional que conquistamos e inauguramos recentemente através do governo estadual, outra parte para a Justiça Federal, e finalmente o espaço da Famema. Esperamos atender cerca de 1500 pessoas por dia nesta unidade. Isso inclui uma passagem bonita e planejada da Avenida das Esmeraldas para a Tiradentes. Os prédios irão integrar o projeto de Parque Linear ao longo da ferrovia”, explicou o prefeito Daniel Alonso (PSDB) em entrevista ao Marília Notícia.
De acordo com o diretor geral da faculdade, Valdeir Fagundes Queiroz, os recursos para construção do prédio virão do Estado, mas ainda é preciso viabilizá-los. A Famema já é responsável pela área e sua manutenção.
“Já temos um pré-projeto. Queremos acabar com os aluguéis e reunir as especialidades clínicas em um mesmo lugar, melhorando a logística e otimizando os atendimentos”, diz ele. A economia anual com aluguéis de outro imóveis que a Famema ocupa atualmente, seria de aproximadamente de R$ 1,5 milhão.
Os serviços médicos ambulatoriais, via SUS, até meados do ano passado ficavam concentrados no Ambulatório Mário Covas, mas a Famema não aceitou o pedido de reajuste do aluguel de R$ 39 mil para R$ 70 mil.
O atendimento clínico ambulatorial foi dividido entre o Hospital São Francisco e outros prédio alugados. “Isso deve significar uma melhoria considerável no atendimento da população, mais agilidade nos atendimentos e melhoria na mobilidade”, afirma Valdeir.
“Junto com a Famema e apoio de todos, nós vamos buscar os recursos necessários para fazer as obras”, finalizou Daniel.
Campus será em Lácio
Vale ressaltar que o terreno ao lado do supermercado Tauste, doado pela União para a Famema, tem finalidade completamente diferente do espaço em Lácio, prometido pela Prefeitura para a instituição construir seu campus, no Parque Tecnológico.
O terreno a ser destinado pela Prefeitura no distrito da zona Leste terá salas de aula, laboratório, anfiteatro, biblioteca e toda a estrutura acadêmica necessária. Isso será custeado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação.
Valdeir explica que no caso do Campus também será preciso “correr atrás dos recursos”, mas se mostra otimista. Atualmente a Famema não tem prédio próprio e os gastos com aluguel se aproximam de R$ 100 mil ao mês.